Eu...

Depois de muito tempo, aprendi a escolher a mim como cúmplice. Para momentos de loucura, lucidez, solidão, imensidão. Procuro concordar comigo nas minhas escolhas e passos. A ouvir o que tenho a dizer, acreditando nas verdades que me encaram no espelho. Aprendi a não duvidar do meu coração e da minha força, porque eu sempre sobrevivo. A chuva continua caindo, as dores vindo, os medos freiando, mas nas minhas escolhas estar e ser feliz, é sempre uma opção possível. Escolhi que não posso desistir de mim e contra todas as tempestades encontrar abrigo no meu íntimo. Cabe um mundo inteiro aqui e eu decidi vivê-lo até as últimas consequências. Vivo todas as lágrimas, os mais belos sorrisos, os momentos mais plenos, os maiores tédios, as piores carências. Aprendi a me escolher não por solidão, mas pela certeza de ser eu a ponte que me liga à todas as coisas que me fazem segura das minhas decisões. Sejam acertos, erros, quedas ou vôos, sou sempre eu quem acorda ao meu lado e eu tenho prazer em me encarar, porque acredito no que sou e no que posso ser, mesmo quando duvido. Aceito-me como as respostas para todas as conseqüências do meu destino. Morro e renasço em mim e isso me multiplica nas pessoas que amo.