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A roda do ano

A Roda do Ano

O mito da Roda do Ano está centrado nas figuras do Deus e da Deusa. Estes representam os princípios fundamentais da natureza, sendo portanto deuses sem nome, ou deuses com muitos nomes, assumindo, no decorrer da narrativa, diferentes características particulares. Mas, de uma forma geral, Ela é a própria Terra, a mãe dos frutos e das dádivas naturais, enquanto Ele é o Sol, o princípio do qual a vida depende para desenvolver-se. Ela é perene, apesar de mutável, e Ele é antes mutável do que perene.

Embora, como o próprio nome diz, a história seja cíclica, não se podendo, portanto, distinguir exatamente um início ou um fim, devemos escolher um ponto de partida. Que este seja, portanto, o final do inverno, quando, segundo o mito, tanto a Deusa quanto o Deus são pueris. A terra começa a livrar-se do peso da longa noite invernal, da estação infrutífera, ao passo que o sol, brilhando timidamente no céu, mal consegue aquecê-la. Nesse momento, tanto a Deusa quanto o Deus são crianças, frágeis como o próprio equilíbrio natural, no início de um novo ciclo.
Em Candlemas, a luz cresce, o Deus nascido em Yule se manifesta com todo seu vigor, e a Criança da Promessa cresce com a vitalidade e é festejada, pois os dias tornam-se visivelmente mais longos e renova-se a esperança.


No próximo momento, a primavera instaura-se. O sol começa a ganhar força e calor, permanecendo por mais tempo no céu, ao passo que, na terra, as flores abrem-se, aptas à fecundação e prometendo os frutos que virão. É a estação juvenil e o tempo de fertilidade, onde o Deus e a Deusa são adolescentes, jovens prontos a se conhecerem e cheios do impulso sexual que os atrai e garante a perpetuação da natureza. Tempo de paixões, quando a bela Rainha da Primavera e o fogoso Gamo-Rei se conhecem e se apaixonam.
Em Ostara, luz e sombras são equilibradas. A luz da vida se eleva e o Deus quebra as correntes do inverno. A Deusa é a Virgem e o Deus renascido é jovem e vigoroso. O amor sagrado da Deusa e do Deus é a promessa do crescimento e da fertilidade.


O tempo passa e agora, com a proximidade do verão, as sementes estão plantadas. A terra está prenha dos filhos do sol, e o casamento entre os dois consumou-se. No ápice do verão temos o sol pleno em sua força, e seu calor nutre e guarda seus filhos, que gestam no ventre da terra. Nesse momento o Deus é o homem maduro, o guerreiro, o provedor e o protetor, enquanto a Deusa é a futura mãe.
Em Beltane, a Deusa se transforma em um lindo Cervo Branco e o jovem Deus é o Caçador alado. Ao ser perseguida pela floresta, o Cervo Branco se transforma em uma linda mulher, e assim Eles se unem e a sua paixão sustenta o mundo.

Chega então Litha, a Deusa é a Rainha do Verão e o Deus, um homem de extrema força e virilidade. O Sol começa a minguar e o Deus começa a seguir rumo ao País de Verão. A Deusa é pura satisfação e demonstra isso através das folhas verdes e das lindas flores do verão.


À plenitude somente pode seguir-se o ocaso e, ao aproximar-se o outono, os dias tornam-se progressivamente mais curtos. As primeiras colheitas acontecem, aquelas que trarão do ventre da Deusa os frutos de consumo imediato, aqueles que alimentarão os homens nos tempos de bonança. O Deus é o sábio e contido Rei do Azevinho, crescendo em sabedoria conforme sua força física diminui.
Em lammas, a Deusa dá a luz e o Deus novamente morre pela Deusa. A Deusa precisa de sua energia de vida para que a vida possa crescer e prosseguir. O Deus se sacrifica para que a humanidade seja nutrida, mas através do grão Ele renasce. No ápice de sua abundância, ele retira através Dela.


Estando instalado o outono e aproximando-se o inverno, os dias encurtam-se cada vez mais. O sol brilha, a cada dia, menos tempo no céu, e seu calor diminui. A terra concede aos homens seus últimos frutos, justamente aqueles que possibilitarão a sobrevivência durante a longa noite que se avizinha.
Em Mabon, as luzes e as trevas se equilibram novamente; porém o Sol começa a minguar mais rapidamente. O Deus torna-se então o Ancião, o Senhor das Sombras.


No entanto, o grande mistério revela-se aqui. A criança que gesta no útero da Deusa é o próprio Deus, que conforme perde a sua força à vista dos homens, cresce no ventre da Mãe, assegurando o eterno ciclo de morte e renascimento.
Em Samhain, o Festival do retorno da Morte, os portões dos mundos se abrem e a Deusa transforma-se na Velha Sábia, a Senhora do Caldeirão, e o Deus é o Rei da Morte que guia as almas perdidas através dos dias escuros de Inverno.


E o auge do inverno chega. Debilitada, enfraquecida pela longa gestação, a Deusa recolhe-se às profundezas, preparando-se para parir seu filho divino. A longa noite invernal instaura-se, com a morte do Deus e, quando os dias são os mais curtos do ano, ao ocaso só pode sobrevir um novo início. Assim, a Grande Mãe, recolhida ao seu leito puerperal, dá à luz àquele que virá a ser seu consorte, e o Deus renasce como criação por ele mesmo engendrada.
Em Yule, a escuridão reina como se estivéssemos no caldeirão da Deusa. Assim, o Rei das sombras transforma-se na Criança da Promessa, o Filho do sol, que deverá nascer para restaurar a Natureza.

Consagração

Ajoelhe-se na frente do seu altar, segure a ferramenta com ambas as mãos, levante-a sobre a cabeça e diga:
“Deus e Deusa, Senhor e Senhora, Pai e Mãe de toda a vida.
Apresento este(nome do objeto) para vossa aprovação e peço que ele seja usado em vosso serviço.”
Coloque o objeto no altar e ajoelhe-se por alguns minutos, pensando em como ele será usado. mergulhe os dedos na água salgada e borrife o objeto de todos os lados. Passe-os pela fumaça do incenso, virando-o de modo que todos os lados sejam purificados e diga: “Que a essência da Terra, do Ar, do Fogo e da Água limpe e purifique este(nome do objeto) para que ele seja usado em vosso serviço. Assim seja.”
Segure o objeto na palma de ambas as mãos por alguns minutos, concentrando nele todos os seus pensamentos e suas energias, e diga: “Carrego este(nome do objeto) com os milhares de nomes de nosso Senhor e de nossa Senhora e peço que eles o aceitem em seu serviço. Que assim seja.”

Ensinamentos Essenciais

O que é Ocultismo?
Ocultismo (ou ciência oculta) é um conjunto de teorias e práticas cujo objetivo seria desvendar os segredos da natureza e do Homem, procurando descobrir seu aspecto espiritual e superior. Ele trata do que está além da esfera do conhecimento empírico, o que é secreto ou escondido. O ocultismo está relacionado aos fenômenos supostamente sobrenaturais. Ocultismo é um conjunto vasto, um corpo de doutrinas supostamente proveniente de uma tradição primordial que se encontraria na origem de todas as religiões e de todas as filosofias, mesmo as que, aparentemente, dele parecem afastar-se ou contradizê-lo.O Homem aqui retratado seria um supostamente completo e arquetípico, composto não apenas de corpo, mas também de emoção, razão e alma (como divide a cabala).Segundo algumas tradições ocultistas as religiões do mundo teriam sido inspiradas por uma única fonte sobre-natural. Portanto, ao estudar essa fonte chegar-se-ía a religião original.Muitas vezes um ocultista é referenciado como um mago. Alguns acreditam que estes antigos Magos já conheciam a maior parte das descobertas da ciência, tornando estas descobertas meros achados.
Definição e escopo
Na ciência oculta, a palavra oculto refere-se a um "conhecimento escondido" ou "conhecimento secreto", em oposição ao "conhecimento visível" ou "conhecimento mensurável" que é associado à ciência convencional.
Para as pessoas que seguem aprofundando seus estudos pessoais de filosofia ocultista, o conhecimento escondido ou oculto é algo comum e compreensivel em seus símbolos, significados e significantes. Este mesmo conhecimento "não revelado" ou "oculto" é assim designado, por estar em desuso ou permanecer no index das culturas atualmente, mas originalmente no século XIX era usado por ter sido uma tradição que teria se mantido ocultada da perseguição da Igreja, e da sociedade e por isso mesmo não pode ser percebido pela maioria das pessoas.
Mesmo que muitos dos símbolos do ocultismo, estejam sendo utilizados normalmente e façam parte da linguagem verbal ou escrita (p.e. a palavra abracadabra seria uma palavra de poder), permanecem assim, oculto o seu significado e seu verdadeiro sentido. Desta maneira, tudo aquilo que se chama de "ocultismo" seria uma sabedoria intocada, que poucas pessoas chegam a tomar conhecimento, pois está além (ou aquém) da visão objetiva da maioria, ou de seu interesse.
O ocultismo sempre foi concebido desde o início, como um saber acessível apenas a pessoas iniciadas (ou seja, para aquelas que passaram por uma "iniciação"; uma inserção num grupo separado do comum e do popular; ou mesmo uma espécie de batismo, onde as pessoas seriam escolhidas, então guiadas e orientadas a iniciar numa nova forma de compreender e pensar o já se conhece, supostamente transcendendo-o).
Contudo, sempre houve curiosos de várias época, que foram capazes de especular à respeito do Ocultismo, sem que este conhecimento se tornasse algo comum em suas vidas. Embora o Ocultismo sempre exigisse da pessoa que o estudava, uma posiçao e atitude pessoal diversa daquela que a maioria das pessoas assumia. Por isso mesmo, que os estudiosos desta filosofia não eram bem vistos (acusados de pagãos, bruxos(as), místicos, loucos, rebeldes), sendo excluídos, perseguidos e condenados.
Com certeza eram em sua maioria, muito mal compreendidos. O ocultismo tem como escopo de estudo o que seriam energias e forças psíquicas, suas fontes e seus efeitos, assim como os seus canais de atuação e seus efeitos produzidos na consciência do Homem. Segundo os ocultistas a ciência oculta estuda, ao contrário da ciência tradicional, a natureza em sua totalidade, assim como as relações entre a natureza e o Homem. Principalmente por professar uma dimensão espiritual, ou sobre-natural, algo que nunca foi empiricamente demonstrado e por tanto não reconhecido pela ciência.
Do ponto de vista de quem o professa a percepção do oculto consiste, não em acessar fatos concretos e mensuráveis, mas trabalhar com a mente "transcendendo-se" e o espírito. Ocultismo assim supostamente refere-se ao treinamento mental, psicológico e espiritual que permite um "despertar" de certas faculdades ocultas, ou, na visão da ciência tradicional, algum tipo de ilusão ou hipnose auto-induzida.
Origens, influências e tradições
O ocultismo está relacionado com o misticismo e o esoterismo e tem influências das religiões orientais (principalmente Yoga, Hinduísmo, Budismo, e Taoísmo).O ocultismo teria suas origens em tradições antigas, particularmente o hermetismo no antigo Egito, e envolve aspectos como magia, alquimia, e cabala.
História recente
As raízes mais antigas conhecidas do ocultismo são os mistérios do antigo Egito, relacionados com o deus Hermes ou Thoth. Por isto, frequentemente o ocultismo é referido como hermetismo.Na Idade Média, principalmente na Península Ibérica devido a presença de muçulmanos e judeus, floresceu a alquimia, ciência relacionada com a manipulação dos metais, que segundo alguns, seria na verdade uma metáfora para um processo mágico de desenvolvimento espiritual. Tanto a alquimia quanto o ocultismo receberam influência da cabala judaica, um movimento místico e esotérico pertencente ao judaísmo.Alguns destes ocultistas medievais acabaram sendo mortos na fogueira pela Inquisição da Igreja Católica, acusados de serem bruxos e terem feito pacto com o diabo.
O ocultismo ressurgiu no século XIX com os trabalhos de Eliphas Levi, Helena Petrovna Blavatsky, Papus e outros. Mas trabalhos relacionados a cabala relacionados durante toda Idade Média. E de alquimia na Baixa Idade Média.









 Iniciação e ritos de passagem
Por Jan Duarte
Em todas as sociedades primitivas, determinados momentos na vida de seus membros eram marcados por cerimônias especiais, conhecidas como ritos de iniciação ou ritos de passagem. Essas cerimônias, mais do que representarem uma transição particular para o indivíduo, representavam igualmente a sua progressiva aceitação e participação na sociedade na qual estava inserido, tendo portanto tanto o cunho individual quanto o coletivo.
Geralmente, a primeira dessas cerimônias era praticada dentro do próprio ambiente familiar, logo em seguida ao nascimento. Nesse rito, o recém-nascido era apresentado aos seus antecedentes diretos, e era reconhecido como sendo parte da linhagem ancestral. Seu nome, previamente escolhido, era então pronunciado para ele pela primeira vez, de forma solene.
Alguns anos mais tarde, ao atingir a puberdade, o jovem passava por outra cerimônia. Para as mulheres, isso se dava geralmente no momento da primeira menstruação, marcando o fato que, entrando no seu período fértil, estava apta a preparar-se para o casamento. Para os rapazes, essa cerimônia geralmente se dava no momento em que ele fazia a caça e o abate do primeiro animal. Ligadas, portanto, ao derramamento de sangue, essas cerimônias significavam a integração daquela pessoa como membro produtivo da tribo: ao derramar sangue para a preservação da comunidade (pela procriação ou pela alimentação), ela estava simbolicamente misturando o seu próprio sangue ao sangue do seu clã.
Variadas cerimônias marcavam, ainda, a idade adulta. Entre os nativos norte-americanos, algumas tribos praticavam um rito onde a pele do peito dos jovens guerreiros era trespassada por espetos e repuxada por cordas. A dor e o sangue derramado eram, dessa forma, considerados como uma retribuição à Terra das dádivas que a tribo recebera até ali.
Outras cerimônias seguiam-se, ao longo da vida. O casamento era uma delas, e os ritos fúnebres eram considerados como a última transição, aquela que propiciava a entrada no reino dos mortos e garantia o retorno futuro ao mundo dos vivos.
Todas essas cerimônias, no entanto, marcavam pontos de desprendimento. Velhas atitudes eram abandonadas e novas deviam ser aceitas. A convivência com algumas pessoas devia ser deixada para trás e novas pessoas passavam a constituir o grupo de relacionamento direto. Muitas vezes, a cada uma dessas cerimônias, a pessoa trocava de nome, representando que aquela identidade que assumira até então, não mais existia - ela era uma nova pessoa.
Nos tempos atuais e nas sociedades modernas, muitos desses ritos subsistiram, embora muitos deles esvaziados do seu conteúdo simbólico. Batismo e festas de aniversário de 15 anos, por exemplo, são resquícios desse tipo de cerimônia, que hoje representam muito mais um compromisso social do que a marcação do início de uma nova fase na vida do indivíduo.
No entanto, a troca do símbolo pela ostentação pura e simples, acaba criando a desestruturação do padrão social. Tomando o batizado cristão como exemplo, poderia-se perguntar quantas pessoas que batizam os seus filhos são, realmente, cristãs. Quantas pretendem realmente cumprir a promessa solene, feita em frente ao seu sacerdote, de manter a criança na fé dos seus antepassados? Obviamente, nas sociedades primitivas, tais promessas eram obrigações indiscutíveis e sagradas. Rompê-las era colocar em risco a própria sobrevivência da tribo como unidade coerente, o que não era, ao menos, cogitável.
A Iniciação dos Xamãs e Heróis
Ao lado dos ritos que abordamos, de certa forma institucionalizados e regulados pela família e pela sociedade, haviam outros ritos específicos, que poderiam configurar uma categoria distinta de passagem ou iniciação. Embora pudessem acontecer depois de alguma preparação, era comum que esses ritos ocorressem espontâneamente, a partir de uma casualidade que era então tida como propiciada pelos deuses. Estes eram os ritos de iniciação dos xamãs ou dos heróis.
Muitas pessoas, após passarem incólumes por algum tipo de experiência traumática, que poderia ter provocado a sua morte, eram consideradas como pertencendo a uma classe especial. Estados semicomatosos induzidos por doenças, picada de animais peçonhentos, etc, eram normalmente considerados como modificadores da pessoa, que retornaria desses estados possuindo uma nova e mais clara visão do mundo. Essas pessoas, geralmente, eram alçadas à condição de xamãs pela tribo.
Por um outro lado, o contrário também poderia acontecer: dentro do processo normal de treinamento de um xamã, chegava-se a um ponto em que determinadas provas deveriam ser enfrentadas, para que o treinando comprovasse a sua capacidade de enfrentar seus medos e seus próprios limites físicos e mentais. Isolamento, frio, fome, às vezes extremos, eram utilizados nesse sentido.
A idéia aqui, portanto, não era a de rito de passagem simplesmente como transição de um período para outro da vida, mas também como de um estado de consciência para outro. Ou seja: essa forma de rito não depreendia uma idade ou ocasião específica, e nem ao menos uma cerimônia específica. Poderia acontecer a qualquer momento da vida, por acaso ou por escolha própria, e tinha um cunho de transformação de personalidade mais profundo, geralmente associado a uma missão a cumprir, após a iniciação.
O caráter de morte e renascimento nesses ritos era profundamente marcado. Vê-se tal caráter em diversas lendas de heróis mitológicos, como, por exemplo, no mito egípcio de Osíris, que possui todas as características associadas ao processo das iniciações míticas.
Osíris era uma divindade civilizadora - a ele era atribuída a invenção da escrita e o desenvolvimento da agricultura. No mito, seu corpo é despedaçado e espalhado por todo o Egito; em seguida sua esposa Ísis empreende uma longa busca pelos seus pedaços, e reúne-os para que ele gere com ela seu filho Hórus, que irá prosseguir seu trabalho civilizador. Há de se notar que Ísis, além de esposa, era irmã de Osíris, ou seja: a idéia é que os dois, na verdade, eram duas faces distintas de uma mesma pessoa. Osíris representa o aspecto de nossos conhecimentos prévios que hão de ser desfeitos, ao passo que Ísis representa a parte de nós que realiza a busca e a reconstrução.
Note-se, também, que Osíris (o conhecimento), após ser reconstruído, não permanece existindo, mas apenas cumpre a função de gerar em Ísis um novo ser, filho da fusão entre as duas partes. A mensagem, portanto, é: aquele que busca o conhecimento deverá morrer (perder a individualidade, desfazer-se), recolher suas partes através de um árduo e longo trabalho e, por fim, transformar-se em um novo ser, com uma missão a cumprir.
O Significado das Iniciações no Paganismo
O termo iniciação tem sido bastante mal compreendido dentro do paganismo atual. Confunde-se iniciação com "início", e muitos julgam que a iniciação seria uma espécie de cerimônia de admissão em certas vertentes do paganismo. Contrapõe-se a figura do iniciante à do iniciado, o que é correto apenas em parte.
Na realidade, há de se encarar o paganismo, se não como uma religião (já que essa palavra geralmente implica dogma e sistematização), pelo menos como uma forma de manifestação da religiosidade natural do ser humano. Dessa maneira, não faria sentido um ritual específico para que uma pessoa pudesse praticá-lo, da mesma maneira que nenhuma condição é pré-estabelecida para que alguém frequente uma igreja. Por um outro lado, para a maioria das pessoas, adotar essa forma pagã de religiosidade significa romper, de qualquer maneira, com velhos dogmas e sistemas, ou seja: é uma forma de passagem. Já que a própria concepção pagã, como descrevemos no início deste texto, preconiza a marcação das passagens com celebrações específicas, a idéia da existência de uma cerimônia de iniciação (ou várias) estaria portanto justificada.
O que se vê, no entanto, não é isso. A idéia da iniciação, por ser mal compreendida, é comumente descrita como uma espécie de ritual mágico, que pode ser realizado sozinho e que transformaria as pessoas em bruxos. Isso é, pura e simplesmente, uma deturpação da idéia.
O rito de passagem tem suas próprias funções, como vimos: ele marca transições, marca o assumir de novos hábitos e responsabilidades e marca a aceitação de uma pessoa por um determinado grupo. Não se poderia esperar, no entanto, que essas transformações fossem efetivadas sem uma preparação específica. Voltando às sociedades tribais, podemos observar que os jovens, no decorrer de sua vida, são constante e cotidianamente preparados para os momentos de seus ritos de passagem. Apenas como exemplo, o futuro caçador passa por vezes anos acompanhando os grupos de caça, assumindo funções progressivamente mais importantes nesses grupos, até finalmente chegar a abater, sozinho, a sua primeira presa. Quando isso acontece, ele passa pela cerimônia que marca a sua aceitação pelo grupo dos caçadores, tendo provado que é digno de fazer parte desse grupo.
Assim, a idéia de uma cerimônia de iniciação dentro do paganismo, se admitida como necessária, há de ter essas mesmas características. Passar por essa cerimônia significa que o iniciado adquiriu conhecimento e prática, e por isso mesmo tornou-se digno de fazer parte de um grupo. Logo, isso não pode ser nem um ato prévio nem um ato solitário. É incongruente tanto dizer-se que novas atitudes serão assumidas sem que tenhamos nos preparado para isso, quanto nos admitirmos num "grupo" do qual apenas nós fazemos parte.
As Jornadas Iniciáticas
Uma vez compreendido que a iniciação é o resultado de um processo mais ou menos longo de compreensão, conhecimento e prática, que leva a uma mudança de status pessoal por marcar uma mudança de hábitos; que ela é a culminância de um processo e não o processo em si, há de se entender como esse processo se dá.
Um processo de iniciação é um processo de trabalho da personalidade, que envolve, como dissemos, a desconstrução de padrões pré-estabelecidos e a construção de novos padrões, que passarão a nortear a nossa conduta e existência. Vemos uma representação desse processo nos arcanos maiores do tarô: cada um deles representa um passo, um degrau, um conhecimento específico que se deve adquirir, ao longo de um caminho iniciático. Esse caminho é, no tarô, percorrido pelo Louco, que justamente por isso é o arcano sem número, podendo se encontrar, portanto, em qualquer uma das posições, ou estágios do caminho.
O Louco representa a própria desconstrução. Consideramos louco tudo aquilo que não é estruturado, tudo aquilo que é, de certa forma, caótico ou vazio. No entanto, a real estruturação apenas pode surgir do caos; caso contrário, o que se dá é apenas uma reformulação, ou mesmo apenas um ajuste. É emblemática a frase que surge em praticamente todas as cosmogonias, com ligeiras variações: no princípio era o caos.
Uma jornada iniciática não pode partir de preceitos estabelecidos. Muito pelo contrário: ela deve começar justamente pela eliminação de todo e qualquer conceito que possa, de alguma forma, direcionar ou influenciar o caminho de quem se propõe a empreendê-la. Note-se que o Louco se encontra, justamente, à beira do abismo. O próximo passo, que ele já começou a dar, o lançará no desconhecido, sem nenhum ponto de apoio, deixando para trás tudo aquilo que é sólido.
Lançar-se no abismo (domínio do Ar e, portanto, dos inícios) significa, também, mergulhar na própria consciência, ir ao fundo de si mesmo, atirar-se ao fundo do poço de nossa personalidade. Ao atingirmos o fundo do poço, só existe um caminho de saída: para cima. Logo, apenas ao atingi-lo poderemos empreender a escalada; construir, degrau por degrau, a escada que nos levará das profundezas escuras de volta ao Sol, para que possamos, novamente, ver o Mundo.
Esse é, portanto, o teor da jornada iniciática, da qual a cerimônia de iniciação, o rito de passagem, marca simplesmente a culminância do processo. Por isso mesmo, em sua celebração, o rito busca reprisar os episódios da jornada, refazer a desconstrução e reconstrução da personalidade, representar em momentos aquilo que, por vezes, levou anos. No decorrer de nossa vida, podemos passar por diversos processos desse tipo, conscientes ou não, orientados ou não. O final de cada um desses processos é apenas o início do próximo.
Um exemplo disso nos é dado pela própria vida, a grande jornada iniciática em si, que encerra todo o processo cíclico de nascimento, aprendizagem, morte e renascimento. Somos matéria bruta ao nascermos e, ao longo dos anos, adquirimos o conhecimento que nos dá, na velhice, a clara visão do mundo, tão decantada como a sabedoria que surge com a idade. O próximo passo, no entanto, é novamente o mergulho no abismo, no desconhecido.







O que é PAGANISMO?
Ao contrário do que se pensa, Paganismo nada tem a ver com o culto ao demônio - até porque o demônio não passa de uma invenção das tradições judaico-cristãs. A palavra "PAGÃO" vem do latim "paganus", que é aquele que mora no "pagus", no campo, na Natureza. Assim, pode-se dizer que, em termos religiosos, o Paganismo é o culto e o respeito às forças da Natureza. Para o Pagão, toda a Natureza é viva, é Sagrada - e seus deuses e deusas refletem essa crença, oferecendo conforto e equilíbrio àqueles que compreendem o real significado de se respeitar a Natureza.
Muitos equívocos são propagados quanto ao real sentido da palavra "paganismo", por dicionários, enciclopédias e até mesmo por seus seguidores. Em alguns casos, o termo pagão é empregue como sinônimo de não-cristão - o que é um grande erro, pois assim se incluiriam religiões como o Judaísmo, o Islã e outras, as quais não possuem componentes distintamente "pagãos" no sentido real da palavra - ou seja, de respeito à Natureza. Em outros verbetes, um "pagão" é aquele que ainda não foi batizado no cristianismo. Em outros mais, os termos "paganismo" e "ateísmo" são confundidos, pois ateu é aquele que não crê em nada, não possui religião - bem diferente da noção de paganismo enquanto caminho religioso.
Mas quem são os pagãos? Originalmente, esse termo era empregue para diferenciar os seguidores das religiões da Terra, dos muitos deuses e deusas da Natureza. É este o sentido que adotamos quando utilizamos o termo "paganismo". Assim, costumamos nos referir às culturas pré-cristãs da Europa e das Américas (apenas como exemplos clássicos) como "culturas pagãs". Poucas pessoas hoje em dia ainda mantêm um contato direto com as tradições originais do Paganismo, daí a necessidade de se diferenciar o Paganismo original - surgido na Antiguidade - do novo paganismo, representado por diversas correntes recentes. Para que tal diferenciação seja bem clara e cristalina, muitos autores e pesquisadores optam por utilizar o termo neo-pagão, ou seja, os novos pagãos - aqueles que seguem tradições filosófico-espirituais inspiradas nos ensinamentos e valores das Antigas Religiões. Dentre estas correntes neo-pagãs, sem dúvida duas ganham destaque: a wicca e o neo-druidismo.





Azoth
por Francisco Marengo
Faz o que tu queres há de ser tudo da Lei
Antes dos discípulos de Hermes buscarem o Elixir da Longa Vida era sugerido que eles buscassem antes Elegábala ou a Pedra Filosofal, o sal dos filósofos, indispensável para a obtenção do Azoth - o agente mágicko responsável por todas as formas de transmutação. Essa Pedra filosofal, originariamente de cor negra e disforme, deveria ser lapidada de forma a que se atingisse o seu diamante interno. Elegábala é algo real e sincretiza-se no próprio deus-homem que se encontra em fase bruta, o qual impede a emanação de seu Sol interior na aurora da manifestação do homo-veritas.
A Díada Nuit e Hadit é o uno dividido pelo amor de Ágape e unido pela Vontade no Amor. A Vida é uma Mudança contínua, harmoniosa e natural. A compreensão de si mesmo é estar relacionado ao "ser" como oposto a "vir-a-ser". A idéia fundamental de erro é a concepção estática como oposta à concepção dinâmica do Universo.
Pessoas confundem qelhma com feitiçaria, com intervir na vontade das pessoas, com o domínio da mente alheia. Este poder de fato existe e é frequentemente usado pelos Irmãos Negros, principalmente se o "influenciável" pertence a uma das correntes doentias do Aeon passado. Magnetizados pelos Irmãos Negros, seus chakras nesses casos estão afinados a suas influências uma vez que seu astral já esteja em sintonia com eles. O Iniciado jamais interfere com a vontade alheia, mas comunga com a vontade alheia de uma maneira um tanto incompreensível e inexplicável a mentalidade profana. Mesmo os mais baixos tipos de Samadhi dão apenas uma pálida idéia desta comunhão. É a verdadeira e genuína Comunhão dos Santos, e o Graal, a Taça na mão de Nossa Senhora BABALON, é o seu sagrado símbolo. Existem inúmeras formas e completamente irresponsáveis. O propósito deles em influenciar o próximo nem sempre é "maligno"; pelo contrário; muitas vezes eles estão imbuídos de "piedade" e do desejo de fazer o "bem". Mas estes sentimentos, sendo o resultado de falta de compreensão (Binah), quando postos em atividade de maneira incorreta só podem ocasionar resultados desastrosos e de séria interferência kármica na órbita alheia. Se os cegos guiarem cegos, logo todos cairão no abismo de suas incertezas. A grande necessidade que o ser humano tem de partir rumo a sua busca pessoal, é algo tão forte como uma paixão que nos tira o fôlego e que nos faz ansiar na busca de uma essência perdida na noite dos tempos.
O verdadeiro Templo é o nosso corpo físico, habitat do nosso espírito imortal e que por isso, enquanto estivermos nessas paragens devemos cuidar bem dele para que nosso Dharma não se reverta num Karma negativo no futuro. Não há nada mais belo do que a vida com todas as suas facetas, mesmo que se entenda que a natureza humana tem duas faces, a dos deuses e dos demônios, não há maior aprendizado do que os próprios obstáculos e dificuldades da vida que enfrentamos todos os dias.
Devemos saudar a oportunidade de estarmos vivos com verdadeira intensidade e alegria de viver. Devemos saudar todos os dias o ar que respiramos, o calor do sol que nos aquece, o brilho da lua que nos faz sonhar, devemos ser únicos pois nós homens e mulheres somos estrelas independentes e ao mesmo tempo mantendo nossas próprias órbitas sem chocar com a dos outros, devemos aprender a verdadeira arte de se relacionar bem com as pessoas e de ser feliz com o muito ou com o pouco que temos, porquanto que esses valores sejam transitórios.
Jamais devemos nos julgar injustiçados pela providência divina, pois todo caminho que estivermos percorrendo nós mesmos os traçamosi, seja ele o paraíso ou o inferno. Não podemos agarrar o mundo e tentar consertá-lo, mas sim fazer a alma do mundo saber em todos os confins da terra que você se ama, que ama o mundo e que ama toda humanidade num tipo de amor muito especial, elevado ao amor de ágape, o amor sem fronteiras, o amor sob vontade. E que esta nova postura que terá em relação a vida tornará a tua vida num aspecto harmonioso. Realizar causas nobres, lutar por motivos justificáveis, não interferir na órbita alheia, jamais devemos dar o peixe se não resolvermos ensinar o outro a pescar.
A maioria das pessoas que são incapazes de perceber o significado espiritual da mudança. Outras vezes fantasiam sobre uma ente maléfico que deseja a destruição da terra e de tudo aquilo que conhecemos. O preço da Iniciação é a morte, mas essa morte representa o sentido figurado para a assunção espiritual. Teste o seu caminho na prática, avalie sua vida em detrimento desse caminho, faça uma auto-análise, veja se as fórmulas que utiliza já não são obsoletas ao invés de tentar destruir toda manifestação da fórmula nova que ainda não conhece, que ainda não testou, o que seria infantilidade plena.
Conhecer a sua natureza interior e aceitá-la, é compreender a essência de Hadit. Conhecer essa faculdade o fará experimentar a Iniciação da não-morte, em detrimento daqueles que são obrigados a experimentar unicamente a sua assunção ou identidade estelar unicamente através de cada morte física. As faculdades cerebrais ainda não passaram pelo processo iniciático, oumelhor dizendo em síntese, esta transição do estado de ser para o estado de não-ser ocorre com o iniciado durante a vida na carne, já com o profano ocorre apenas na morte física.
Qual a diferenciação nesses dois estados. Ora, o estado de não ser liberta a mente para uma sensibilidade acima do nomal, é o mesmo que libertar a mente de um torpor; quando os centros energéticos superiores ainda não foram despertados. O iniciado sente em determinado momento um sentimento de solidão indescritível. Já foi dito que a evolução da humanidade a um nível ou estágio mais elevado de consciência só se dará quando aquele que antecede arrastar o que o preceder. Este é o motivo pelo qual Iniciados se resolvem a ajudar a Humanidade. O completo êxtase só se pode dar pela comunhão plena, ou seja, a Humanidade inteira precisa ser elevada a um nível superior. E o pior disso é que aqueles que se recusam por sua própria vontade em aceitar a amplidão do Conhecimento e da Ciência Sagrada, são e serão um peso morto em nossas costas, até que resolvam libertar-se ou despertar de seus sonhos ou pesadelos ilusórios por sua própria conta, enquanto ainda não aceitarem a si mesmo como um ser de natureza divina. Assim os sofrimentos humanos são comuns e normalmente incompreendidos, diferentemente daquele que desperta pois entende o sofrimento como parte do seu plano e de sua Vontade, para que atingisse sua própria glória, coroando este trabalho na personalidade de um Magus que se reflete na mente de seus semelhantes de formas múltiplas e diversas.
Aqueles que mais nos criticam são os mais invejosos pois sendo incapazes de fazerem fluir sua própria luz, vivem sempre a buscar guarida na casa do vizinho que sempre parece mais bela que a deles... Estes fazem parte do grande rol dos incapazes de se regozijar e de atingir suas metas. Assim também são incapazes de compreender ou conceber a Mensagem Espiritual da Lei de qelhma.
Existe uma fórmula sagrada do verdadeiro ocultista, do verdadeiro magista thelêmico, ei-la: Nós nada temos contra aqueles que não nos compreendem. Nós não estamos dispostos e nem devemos falar com eles, nem para argumentar, nem para tentar consolá-los, e muito menos para tentar auxiliá-los. Pois aqueles que não tiveram ainda a oportunidade de sentir, nem sequer sofrerão.
Então raciocinemos; será que devemos "ajudar os fracos". Ora, se acreditamos que existam fracos estamos criando uma diferença egóica de status ou estado de ser, e devemos entretanto saber que não há diferença entre nós, pois cada um é um micro universo. Aos discordantes eu digo, dêem de comer a vossos filhos e não lhes exijam o mínimo esforço, nem tampouco ensine-os a buscarem o sue próprio pão ou suas próprias conquistas e verão num futuro bem próximo a que tipo de monstros estarão criando. Assim entendam que o sentimento de "piedade" é uma projeção psicológica ilusória do próprio Ego. É um estado de escravidão cujos Irmãos Negros têm verdadeira adoração em permanecer, pois clamam em verdade que tenhamos piedade não dos fracos e oprimidos e sim deles próprios.
Isto não quer dizer que devamos pisar "nos fracos e oprimidos". Ai daqueles que pensam assim! Pois estarão atraindo um Karma ainda pior para si. Devemos sim ensiná-los, mesmo que esses ensinamentos em determinado momento tenham uma certa aspereza. Até que eles por conta própria resolvam se erguer ou morrer em sua própria miséria. É importante que se diga que em ambos os casos, a cada reencarnação ou renascimento ele se erguerá. Pois mesmo sem saberem, estarão mais cônscios de sua Verdadeira Vontade.
A fórmula da pobreza material para assunção espiritual foi uma das maiores farsas da história. Pois a somatória das religiões do Aeon passado possuem o maior poder financeiro do mundo atual. Creio que não preciso aqui citar quais seriam elas. Mas convém mencionar que um ensinamento não pode se basear numa hipocrisia. Se você pretende ser mais uma ovelha do rebanho já dizia Crowley ironizando, azar é o seu, pois eu sou o Leão.
Ninguém precisa ou deva morrer pelos pecados de ninguém, só você pode atingir a maestria interior, acreditar nisso é impor um sacrifício coletivo que é disforme e errado, numa concepção que não o levará além da dor e da incompreensão. A única coisa que não podemos mudar é o passado, a única coisa que precisamos compreender e entender é o presente, os atos oriundos dessa compreensão é que construirão um futuro em bases sólidas e reais. Do passado deveríamos apenas enxergar os nossos erros, aprender com eles, para que nunca mais venhamos a repetí-los. Liberte-se dos fantasmas do passado! A nossa Lei é de Liberdade em Ágape!
Assim insufla-se também a ignorância, impondo uma idéia de medo e tortura. Se essa idéia fosse verdadeira não haveriam criminosos e assassinos cruéis de todas as espécies. A eterna tortura de personalidades obrigadas a seguir os padrões de moralidade imposta, só fez através dos séculos, enriquecer os fariseus às custas da pobreza material, moral e espiritual dos seus seguidores. Assim igrejas do presente são uma evidência fundamental e flagrante disto. Todas elas ensinam que existe uma danação eterna, mas poucos compreendem que o inferno está nelas mesmas.
Aqueles que não acreditarem no que eu digo, basta fazer uma pequena reflexão do seu medo instintivo em nossa memória mágica dos padrões religiosos a nós impostos. Mas poucos compreendem que o verdadeiro inferno é criado verdadeiramente pelos homens que não se cansam de infligir dor aos seus semelhantes, mesmo estando num novo século, a ponto de percebermos que a humanidade muito pouco mudou, o que mostra uma natureza doentia presente na psique do homem, que as vésperas de um "sempre" novo conflito mundial pouco se preocupa de fato com o que virá depois, pois pouco entende a carga da energia nefasta criada no pós guerra.
A constituição da consciência de Si mesmo, isto é, Hadit. é ampliada a consciência daqueles que estão a nossa redor, isto é o aspecto normal de uma mente sadia. Uma mente doentia só considera o seu próprio universo mesquinho, pouco importando o universo a sua volta. A relação de dois seres tende a ser harmoniosa se estes dois seres humanos tiverem esta compreensão. Não existe atrito se ambos mantiveram o necessário respeito um pelo outro, sem escravidão mútua, com um relacionamento compensado necessário à liberdade de ambos. Sempre é bom lembrar que o abuso ou a interferência cria uma dívida cármica. Nós portanto somos micro universos, mas somos também parte integrante do universo daqueles que nos relacionamos. Desconfiai daqueles que lhe dizem querer o seu bem mas na verdade, quer sim que você perca a sua identidade. Repito não há ninguém que possa vir em nossa salvação senão nós a nós mesmos. Temos que ter a dignidade de admitir isto a nós mesmos.
Uma mente sadia se reflete num corpo sadio, no processo iniciático a mente do aspirante é submetida a terríveis pressões oriundas dos estados mágickos e ritos, assim uma vez que o corpo não seja forte e sadio, a mente consequentemente poderá sucumbir à sanidade mental.
Deus é o homem numa concepção divina do ser que tende naturalmente a ascender em espiral. Deus jamais será o homem que pensa que é o Centro do Universo. Estes últimos também tidos como adeptos da corrente negra, são facilmente escravizados pelas formas que resolvem adorar ou mesmo escravizar. É muito comum os magistas desse naipe, serem absolutamente escravos das formas que invocam ou evocam. Já conheci um punhado deles no meu caminho. Estes se tornam um mal relativo para o mundo. O Irmão Negro julga ter poder sobre seus semelhantes, e isto pode ser desde que se seus semelhantes ainda não tenham o grau de percepção de si mesmos que nos leva a repelir de nós toda influência escravizante. É curioso este ponto em diversos experimentos que fizemos, e chegamos a seguinte conclusão, todas aquelas pessoas habituadas a exercer o domínio do corpo pela mente, como os praticantes de Yoga ou de Artes Marciais normalmente são menos sugestionáveis a influências hipnóticas, isto normalmente se deve a um tipo especial de emancipação interna. Os fatores contrários de uma mente sugestionável a levam fatalmente a serem pessoas depressivas, medrosas e com profundo apego a coisas transitórias sem importância.
Inúmeras concepções erradas assolam a maioria dos sistemas "ditos" Iniciáticos. Notem que nenhum princípio que não houver equilíbrio ou harmonia em seu contexto não se torna apto para coexistir acima do "Abismo". Vejamos no caso da mulher cujo conceito do Aeon passado regravam que a pureza deveria ser o sinônimo da castidade, então para a concepção da pureza absoluta, Maria deveria conceber o filho ainda virgem. Ora toda concepção é divina, toda ela origina-se de uma fonte original de energia de vida. Em qelhma pude de fato compreender o grande problema oriundo de um psicossoma que defende tal tese. A Virgem Imaculada, a Mulher Vestida com o Sol, eternamente inviolada é a própria Isis Velada; que amplamente desvelada pelo adepto. Por outro lado o homem jamais compreenderá inteiramente a natureza de uma mulher enquanto permanecer virgem para o seu amor, pouco importando o seu real estado físico, pois se o amor entre esses dois seres se acabar, e eventualmente outro vier, a mulher se tornará pura para esse novo amor. Este portanto é um estado psíquico e não físico. A castidade é um estado de ser elevado desde que não a Liberdade, quando isto ocorre passa a se chamar falsa castidade. Neste caso alguém fechado para o amor jamais conseguiu transmutá-lo em ágape, isto pouco importando se somos homens ou mulheres, pois partimos de uma mesma essência una. Alguém que se fecha por dentro se bloqueia, e bloqueando restringe-se a convivência saudável com seus semelhantes e assim também a própria divindade. A falsa castidade está submetida à influência dos Irmãos Negros. Somos polaridades e nos atraímos pelos opostos, numa tentativa de preenchimento daquilo que nos falta. Assim costumamos dizer que a nossa contraparte nos preenche, no entanto quando este estado é completado, normalmente existe uma tendência no casal a separarem-se mas não pela falta do amor, e sim pela ausência do estímulo ao prazer na convivência. Notem que estamos fazendo uma tentativa de falar sobre mentes sadias, pois existem os casos de escravidão oriunda de diversos problemas de ordem psíquica, muitas vezes atenuados por um ciúmes doentio, mal este causador de inúmeras fatalidades que acompanhamos quase diariamente na mídia. Esta é a importância de do ser humano em se conhecer e conhecer a essência de um relacionamento ou de uma inter-relação, que para estes casos qelhma dá as chaves de compreensão desses e dos mais diversos fenômenos que envolvem a nossa psique.
A castidade então muitas vezes pode ser tomada como um ato de covardia, de alguém que teme em se relacionar com o mundo, o resultado é este, mentes alienadas ou subversivas (vide os inúmeros casos dos padres pedófilos nos EUA). A influência de pessoas assim na sociedade é sempre prejudicial. A caridade posta por tais irmãos é equivalente a tentativa de tratar as águas de um rio poluído, sem que se faça um tratamento preventivo no esgoto da cidade, ou eventual desvio ou canalização impedindo que o esgoto contamine o leito do rio. Qualquer esforço diferente disso é infrutífero, se é que foi possível o entendimento dessa analogia. Assim, não se combate a fome simplesmente dando o que comer, isto é um paliativo que não nos leva a origem do problema ou seja os motivos que levaram determinada comunidade a passar fome. O não entendimento desse plano de concepção é uma tentativa fútil de castração mental.
Estamos vivendo numa era de tirania atual tão ruim quanto o passado do homem. Proclamar a liberdade entre os escravos é uma bobagem tremenda, porquanto que essa Liberdade precise ser uma vontade verdadeira do indivíduo. No treinamento de Karatê aprendemos tanto atacar como a nos defendermos de um possível ataque. Mas sábios são aqueles que aprendem a nobre arte de lutar sem lutar. Serão aqui muito poucos que compreenderão essa concepção, mas isto será tema para um próximo ensaio.
Amor é a lei, amor sob vontade.






Os Animais de Poder

Desde a antiguidade, segundo registros, existem rituais onde os homens e animais se faziam presentes. Hoje os encontramos em nosso dia a dia na astrologia, na alquimia, nas cartas de tarô entre outros. Existem algumas maneiras de se descobrir o animal que está presente em nosso interior, seja através de ritual, concentração ou mesmo da intuição. Conhecido como Animal de Poder, Espírito Protetor, Totem ou Animal Guardião, estão mais próximos da Fonte Divina. Quando tomamos a consciência de sua existência, fortificamos os poderes que estão escondidos em nosso interior, pois há um aumento de nossa resistência a doenças e de nossa auto-confiança. Cada animal traz uma essência espiritual e, através dela, cada um com seu próprio modo ou estilo de vida, com sua própria medicina, nos leva a crescer e transmite-nos a sua sabedoria.

Os animais estão mais próximos do que nós da Fonte Divina por serem míticos, oníricos. Ao compartilharmos de sua consciência animal transcendemos o tempo e o espaço, as leis de causa e efeito. A relação entre homem e animal é puramente espiritual, pois nosso instinto animal é mais forte e menos racional por serem manifestações dos poderes arquétipos do ser humano. Fortificam o vigor físico e mental, aumentando a disposição e o conhecimento, auxiliando ainda no diagnóstico de doenças e na realização de desafios.

Existem rituais, auxiliados pelo tambor que auxiliam na conecção com o animal, onde também são realizadas as Danças do Animal, que é uma forma de invocação. Cada animal possui uma essência, e assim cada um possui sua própria medicina e sabedoria. Relaciono abaixo alguns dos animais (incluindo os místicos) com seus significados:

Águia - Iluminação, a visão interior, invocada para poderes xamânicos, coragem, elevação do espírito a grandes alturas;
Aranha - Criatividade, a teia da vida, manifestação da magia de tecer nossos sonhos;
Abelha - Comunicação, trabalho árduo com harmonia, néctar da vida, organização.
Alce - Resistência, auto-confiança, competição, abundância, responsabilidade.
Antílope - Cautela, silêncio, consciência mística através da meditação, calma, ação.
Baleia - Registros da Mãe Terra, sons que equilibram o corpo emocional, origens;
Beija-flor - Mensageiro da cura, amor romântico, claridade, graça, sorte, suavidade;
Borboleta - Auto-transformação, clareza mental, novas etapas, liberdade;
Búfalo - Sabedoria ancestral, esperança, espiritualidade, preces, paz, tolerância;
Cabra/cabrito - Determinação para ir ao topo, nutrição, brincadeiras.
Camelo - Conservação, resistência, tolerância.
Canguru - Proteção maternal, coragem para seguir em frente nas fraquezas.
Castor - Novos canais de pensamentos, construção, segurança, conforto, paciência.
Cisne - Graça, fidelidade, ritmo do Universos, ver o futuro, poderes intuitivos, fé.
Coiote - Malicia, artifício, criança interior, adaptabilidade, confiança, humor.
Coelho - Fertilidade, medo, abundância, crescimento, agilidade, prosperidade.
Condor - Idem a águia, é um dos filhos do Sol no Peru, representa o Mundo Superior.
Coruja - Habilidades ocultas, ver na escuridão, a vigília, a sombra, sabedoria antiga.
Corvo - Guardião da magia, mistério, predições, mensageiro, dualidade, assistência.
Cavalo - Poder interior, liberdade de espírito, viagem xamânica, força ,clarividência;
Cachorro - Lealdade, habilidade para amar incondicionalmente, estar a serviço;
Cobra - Transmutação, cura, regeneração, sabedoria, psiquismo, sensualidade;
Coiote - Malícia, artifício, criança interior, adaptabilidade, confiança, humor.;
Coruja - Habilidades ocultas, ver na escuridão, a vigília, a sombra, sabedoria antiga;
Doninha - Poderes ocultos, vivencia, poder de esconder, observações, segredos.
Elefante - Longevidade, inteligência, memória ancestral, ancestrais enterrados.
Esquilo - Divertimento, planos futuros, reunião, observar o óbvio.
Esturjão - Determinação, sexualidade, consistência, profundidade, ensinamento.
Falcão - Precisão, mensageiro, olhar a volta, abertura a distância, oportunidades.
Formiga - Comunidade perfeita, paciência, trabalho duro, força, resistência, agressividade.
Gaivota - Voar através da vida com calma e esforço para alcançar objetivos.
Gambá - Campo de proteção, reputação, repelir quem não o respeita, respeito.
Gato - mistérios, poderes mágicos, sensualidade, independência, visões místicas, limpeza.
Galo - Sexualidade, fertilidade, oferendas, cerimônias, altivez.
Girafa - Calma, inspiração para se atingir grandes alturas, suavidade, doçura.
Golfinho - Pureza, iluminação do ser, sabedoria, paz, amor, harmonia, comunicação.
Gorila - Sabedoria, inteligência, adaptabilidade, guardião da terra, habilidade.
Guaxinim - Bom humor, limpeza, sobrevivência, tenacidade, inteligência, folia.
Hipopótamo - Desenvolvimento psíquico, intuição, ligação água-terra, aterramento.
Jacaré - Instinto de sobrevivência, o inconsciente profundo, o caos que precede a criação.
Jaguar - A busca em águas da consciência, mensageiro, interação mente e alma.
Javali - Comunicação entre pares, expressividade, inteligência.
Lagarto - Otimismo, adaptabilidade, regeneração, sonhos, renovação, transformação.
Leão - Poder, força, majestade, prosperidade, nobreza, coragem, saúde, liderança, segurança, auto-confiança.
Leopardo - Conhecimento do subconsciente, compreender aspectos sombrios, rapidez.
Lince - Segredos, conhecimento oculto, tradição, ouvir para o crescimento.
Libélula - Ilusão, ventos da mudança, comunicação com o mundo elemental.
Lobo - Amor, relacionamentos saldáveis, fidelidade, generosidade, ensinamento.
Macaco - Inteligência, bom humor, alegria, agilidade, perícia, irreverência, amizade.
Minhoca - Regeneração, resistência, auto-cura, transformação.
Morcego - Renascimento, iniciação, reencarnação, habilidades mágicas.
Onça - Espreita, proteção de espaço, silencio, observação. Precisão.
Pantera - Mistério, sensualidade, sexualidade, beleza, sedução, força, flexibilidade.
Pato - Desenvolvimento de energia maternal, fidelidade, nutrição energética.
Peru - Dar e receber, transcendência, dádivas, celebração.
Porco-Espinho - Fé, confiança, inocência, inspiração para realizações, dentro da essência.
Puma - Força, mistério, silêncio, sobrevivência, velocidade, graça, liderança, coragem.
Pica-Pau - Regeneração, limpeza, comunicação, proteção, unido aos Espíritos do trovão.
Pinguim - Viver em comunidade, fidelidade, lealdade nos romances.
Pombo - No cristianismo simboliza o Espírito Santo, paz, comunicação, mensagem.
Raposa - Habilidade, esperteza, camuflagem, observação, integração, astúcia.
Rato - versatilidade, alerta, introspecção, percepção, satisfação, aceitação.
Salmão - Força, perseverança, nadar contra a maré, determinação, coragem.
Sapo - Evolução, limpeza, transformação, mistérios, humor, ligado a chuva.
Tartaruga - Estabilidade, organização, longevidade, paciência, resistência, proteção, experiência, sabedoria, Mãe-Terra.
Tatu - Limites, doas dá a armadura, limites emocionais, protege a saúde.
Texugo - Agressividade, coragem, formar, alianças, persistência, agir em crise.
Tigre - Aproximação lenta, preparação cuidadosa, aproveitar oportunidades.
Touro - fertilidade, sexualidade, poder, liderança, proteção, potencia.
Urso - Introspecção, intuição, cura, consciência, ensinamentos, curiosidade.
Vaga-Lume - Iluminação, entendimento, força de vida, luz e escuridão, maravilhas.
Veado - Delicadeza, sensitividade, graça, alerta, adaptabilidade, coração/espírito, gentileza.

Animais Místicos

Cavalo Alado - Elevação, transmutação, beleza, viagem astral,aventuras, mistério, fascínio.
Centauro - Instinto animal, ligação homem-animal, anarquia, sexualidade, fertilidade, cura.
Dragão - Potência e força viril, proteção Kundalini, calor, mensageiro da felicidade, senhor da chuva, fecundação, força vital.
Elefante Branco - Força, bondade, escolha de caminhos, ligações extraterrestres, mistério.
Fênix - Renascimento, fascínio, animal do Sol, imortalidade da alma, elevação, purificação.
Sátiro - Libertinagem, divertimento, impulso sexual, instintos, fantasias sexuais.
Unicórnio - Rapidez, mansidão, pureza, salvação, espiritualidade, inofensivo.







O que é Wicca? 
As fontes do renascimento do Paganismo podem ser rastreadas no início do século XX com os trabalhos da antropóloga Margaret Murray. Ao examinar os vários registros de julgamentos da Inquisição, Murray desmascarou o Diabo dos relatos de Bruxas e Bruxos que foram executados e em seu lugar encontrou o Deus Cornífero, a Divindade cultuada pelos pagãos e que os inquisidores tinham transformado na corporificação do mal.

A medida que ia mais fundo em seus estudos, Murray encontrou o equivalente feminino do Deus, a Deusa e desta forma desmistificou todas as antigas superstições e estigmas negativos atribuídos à Bruxaria e identificou-a como o mesmo culto à fertilidade que surgiu muito tempo antes do Cristianismo.

Em 1951 quando a última das leis contra a Bruxaria foi revogada, Gerald Gardner saiu das sombras e defendeu as posições de Margaret Murray, declarando que a Bruxaria tinha sido a religião dos antigos europeus e que continuava a ser uma religião verdadeira para muitas pessoas e que teria sobrevivido através de anos sucessivos de supressão sob o nome de Wicca.

Desta forma, Gardner lançou uma nova luz às práticas da Bruxaria, dando origem assim à um grande movimento Neo-pagão de reavivamento das práticas e ritos da Velha Religião.

De lá para cá o movimento Pagão cresceu substancialmente e muitos Bruxos que tinham sido instruídos por suas famílias durante décadas, decidiram sair das brumas e se tornarem visíveis e assim em pleno século XX ressurge uma religião que busca celebrar novamente a natureza, os Deuses Antigos e que busca inspiração nos seus ritos no culto à Deusa e ao Deus.

O Paganismo é o nome genérico que se dá às práticas religiosas que surgiram na Era Paleolítica e Neolítica, onde as crenças espirituais eram centradas no feminino, nos ritos da fertilidade, no culto aos Antigos Deuses da natureza, nas celebrações das colheitas e plantio.

A Bruxaria busca resgatar o Divino Feminino e o papel das mulheres na religião como Sacerdotisas da Grande Mãe. Muitas vezes chamada de Religião da Deusa, a Arte, Religião Antiga, não é uma fantasia de mentes deturpadas ou de pessoas que se supõem dotadas de poderes mágicos, mas sim uma religião capaz de acolher pessoas das mais variadas idades, raças, posições sociais e todos aqueles que vêem em seus ritos uma forma real de se conectarem com o Divino e com a natureza.

As práticas Pagãs, dando destaque maior à Wicca, se expandiram de uma forma inacreditável pela América Norte e Europa. Hoje o número de Bruxos somam aproximadamente 250.000 nos EUA, ultrapassando inúmeras religiões tidas como convencionais, dentre as quais o Budismo e o Universalismo Unitário. O Censo canadense de 1991 registrou 5.530.000 Neo-pagãos que seriam compostos principalmente de Wiccanianos, outra pesquisa realizada em 1997 constatou a existência de 12 milhões de Bruxos em todo o mundo. Porém, acredita-se que o número atual é muito maior, pois muitos não expõem sua condição religiosa publicamente.

A Wicca sustenta-se sobre 3 conceitos básicos:

a) O papel preponderante da Deusa em suas práticas e mitos em vez de um Deus masculino, cultuando também os Antigos Deuses da natureza e o Deus Cornífero, considerado filho e
consorte da Deusa.

b) A utilização da Magia Natural como forma de atingir nossos desejos e mudar os fatos.

c) A crença na reencarnação, vista não somente como uma forma de evolução, mas também como o desejo de retornar no mesmo tempo e local das pessoas amadas.

Os propósitos da Wicca são mostrar a necessidade da reconecção com a natureza, com os ritmos e ciclos naturais do Sol e das Estações e a busca de um novo equilíbrio do homem com o seu meio ambiente.

Os Bruxos amam e cultuam a natureza e através dela procuram integrar mente, corpo e alma. Acreditam que para evoluírem integralmente devem sentir-se parte integrante da Terra, que é a própria Deusa. Esta atitude é a essência da Wicca!




Ensinamentos do Mago
No Tibet, antes da invasão chinesa, havia um famoso templo para onde se encaminhavam muitos candidatos a monges. Um dia chegou um candidato, muito orgulhoso de seus conhecimentos do Zen. Exigiu ser entrevistado pelo lama-chefe daquela lamaseria. O monge lhe perguntou:
- O que voce quer?
- Quero ser monge nesta lamaseria, respondeu o candidato.
- Mas o que voce sabe fazer ?
- Eu sei tudo sobre o Zen , respondeu com orgulho.
- Me mostre o Zen, pediu o monge
O rapaz sentou-se e na mais perfeita posição de lótus fechou os olhos e começou a meditar. O monge observou por alguns minutos, disse "Vá embora" , e virou as costas.
O rapaz, muito aborrecido, perguntou "Por que ?", e o monge respondeu :
- Já temos muitas estátuas aqui, não precisamos de mais uma.
Há coisas que são tão simples que acabam nem nos interessando. Nós temos a tendência a buscar coisas que sejam complicadas, e rejeitamos o que é simples.
Eu digo: a vida é curta demais para que a disperdicemos com complicações. Isso não quer dizer que deixemos de lado os desafios, porque eles nos educam e fortalecem, mas tambem precisamos entender que existem coisas que só são complicadas porque queremos que sejam assim, talvez até para satisfazer nosso ego.
Um dia foi perguntado a mim como obter uma projeção astral, e eu respondi que era preciso desejar. Essa resposta pareceu tão simples que para muitos nem foi considerada. Preferiram ler um livro, talvez um chamado Projeciologia, que tem mais de 1000 páginas, em linguagem tecnica. Vão fazer essa leitura e no fim vão descobrir: "puxa, mas era só desejar". Mas é mesmo uma questão de desejar, simples assim, sem complicações nem aquilo a que meu Mestre chama de "tecnicalidades esotéricas", aqueles "ismos", etc.
O estudo da Magia está cheio dessas tecnicalidades, a maioria escritas por leigos. Não posso deixar de observar que existem muitas pessoas que seguem uma equivocadíssima filosofia de vida que diz "Pra que fazer fácil se dá pra complicar?"
"Há regatos no deserto, há um caminho na solidão": na simplicidade eu aprendi muito mais do que com as tecnicalidades.
A gente aprende muito observando a vida. Aliás, desse jeito aprende-se tanto ou mais do que passando anos lendo livros. Há uma escola no mundo, que é o próprio mundo.
Sem rejeitar a validade do ensino teórico, que é importantíssima, um magista que tenha sido formado unicamente à custa de ensino teórico não tem a mesma válida daquele que tem tambem o estudo prático. Há pessoas que vivem em função de livros, mas não "vivem".
Um magista vive no mundo sem ser do mundo, mas vive nesse mundo. E ele busca a simplicidade, nas coisas do mundo e nas do espírito. Há um tempo para o aprendizado teórico e outro para aprender na vida. O magista tem que ter ambas as experiências, pois que elas se complementam.
Mas não devemos dispensar aquilo que é envolvido em simplicidade, porque a vida e a Magia são simples, o Ser Humano é que introduziu nelas o seu racionalismo e com ele as complicações, dando um caráter de solenidade a coisas que estão aí para serem experienciadas.
Para o bom entendedor meia palavra basta: a maneira mais eficaz de se esconder alguma coisa importante é deixa-la à vista de todos, porque não será procurada em lugares óbvios. E isso acontece porque se sabe que há a tendência de buscar "esconderijos complicados", e o que é simples nem é considerado. Que se saiba então: na Magia isso tambem foi feito, e grandes mistérios e segredos não estão ocultos, nem são propriedade de Iniciados obscuros em lugares incessíveis: estão onde qualquer um poderia encontrar, desde que tenha olhos para ver e ouvidos para ouvir.



Ensinamentos do Mago2
Mestre e discípulo caminhavam pela beira de uma praia discutindo a respeito da vida quando se depararam com um ninho de tartarugas-marinhas, e as tartaruguinhas estavam saindo dos ovos e correndo para o mar. E notaram que algumas haviam sido pisadas, outras eram capturadas por pequenos animais ou simplesmente morriam. Então viram que uma das pequenas tartarugas estava se debatendo, com o casco para baixo.

O Mestre abaixou-se o com um simples gesto do dedo desvirou a tartaruga, que então foi correndo para o mar, desaparecendo na espuma das ondas.

O discípulo disse:
- Mestre, por que o Sr. fez isso ? Quero dizer, seu ato não alterará nada, foi algo tão pequeno em relação à grandiosidade da Natureza de forma que acho que para fazer alguma diferença teria que ser um ato imensamente maior, o Sr. não acha ?
E o Mestre respondeu:
- Pois para AQUELA tartaruguinha um pequeno gesto do meu dedo fez toda diferença do mundo!
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Às vezes, através de gestos pequenos podemos fazer grandes coisas, embora essas grandes coisas só sejam grandes em relação a quem recebe nosso gesto.
O fato é que existem pessoas que poderiam ser mais felizes se nós entendessemos que poderíamos ajudá-las através de pequenas coisas. Pessoas esperam de nós um sorriso, um "bom dia!" , e até um "eu te amo!" e muitas vezes para nós isso seria algo simples de se fazer, mas nem sempre fazemos.
Na Magia é preciso explicar que o magista é um homem ou mulher que nem sempre vive de grandes atos.
A vida do magista não é só grandes rituais, evocações terríveis, e coisas maravilhosas. Magistas são pessoas de atos grandes e pequenos, mas todos eles igualmente nobres.
Todo magista deve ter em mente que ele não veio ao mundo à passeio, e que havia uma razão para que ele se tornasse um magista.
Muitas vezes conversei com magistas que ao serem perguntados o porque se tornaram magistas, me responderam : "Para descobrir meu Eu Superior." . Essa resposta está parcialmente correta. De fato, essa descoberta do Eu Superior tambem é importantíssima mas não é o único objetivo dos estudos e dos treinamentos de nenhum magista que tenha se dedicado corretamente. Se esse fosse o único objetivo então seria egoismo : de que adiantaria uma compreensão e conhecimentos superiores, se não partilhar com ninguem e isso jamais se converter em benefício a outras pessoas ?
Seria como se todas as pessoas estivessem dormindo sendo que o magista é uma pessoa que acordou, e agora a sua função é ajudar as outras pessoas a acordar tambem, para que vejam o mundo tal qual ele é, e não como as pessoas foram condicionadas a ve-lo.
No "O Mito da Caverna" , de Platão, essa situação é bem descrita. Há ali pessoas que sempre viveram em uma escura caverna, mas uma delas consegue ir lá fora, e volta contando as maravilhas da luz do dia. As pessoas não acreditam, porque sempre viveram na escuridão e não acreditam nas coisas que aquele que viu a luz está lhes relatando. Isso não faz parte de suas realidades, desconhecem o conceito de realidade aparente e esse homem passa a ser chamado de visionário e até de louco.
A Magia se torna mal-vista quando magistas não-preparados resolvem tentar "despertar" os outros, contando-lhes coisas que não foram vistas e induzindo-lhes ao erro camuflado de "grandes verdades da Magia" .
Não há "grandes Verdades" na Magia, tudo é muito simples, talvez simples demais, e essa simplicidade toda é que mantem ocultas muitas coisas.
Um magista não precisa praticar grandes atos, mas seus atos tem que ser grandes, no sentido de que devem ter grandeza, correção e consciência.
A Magia não existe para fazer a felicidade financeira de ninguem, e nenhum magista pode cobrar por seus serviços. Se formos considerar que esse magista seguiu os ritos corretos ele tambem não teve de pagar nada pelo que aprendeu, e por isso não se justifica que ele estabeleça preço par ajudar as pessoas.
E esse ajudar poderá ser de formas até bastante simples, e mesmo não sendo magista toda pessoa tem em mãos a capacidade de fazer outras pessoas felizes.
O Ser Humano existe para ser feliz e nossa finalidade deveria ser a de proporcionar felicidade uns aos outros. Por possuir uma outra visão de mundo o magista tem uma possibilidade maior de proporcionar isto às pessoas, que muitas vezes só precisam de uma pequena ajuda.
Mas o magista não pode pegar as pessoas pelas mãos e leva-las pelos caminhos, porque isso tiraria delas o senso de luta, a capacidade de buscar o próprio destino e de dar rumo à propria vida. Por isso é que eu digo: não posso lhe dar um caminho mas posso lhe dar um começo. Acho muito correta a filosofia que diz que a quem tem fome NÃO DEVEMOS dar o peixe, e sim ensinar a pessoa a pescar, para que ela aprenda a andar com os próprios pés.
O magista pode e deve ajudar as pessoas, mas é preciso ter os pés nos chão, por causa dos falsos magistas que através de uma Magia incompleta e às vezes pervertida não só afastam as pessoas de seus caminhos como tambem passam a se constituir para elas em uma fonte de desgraças.
Gestos pequenos tambem são passíveis de proporcionar felicidade aos nossos semelhantes e possivelmente mesmo sem nos darmos conta disto nós podemos ajudar a muitas pessoas.
Ajudando aos outros ajudamos a nós mesmos ; trazendo felicidade aos outros é a nós mesmos que tornamos felizes.
Afinal, não é uma existência miserável a de alguem que nunca moveu um simples dedo em benefício de seus semelhantes, nem se importou em ajudar aos irmãos que cruzaram o seu caminho ? Quem sabe se um pequeno gesto nosso poderá fazer toda diferença do mundo para alguem ?

Magia da Concretização

Isto não é somente uma magia, mas todas as magias juntas; na verdade é a forma de fazê-lo, -conhecimento que me foi entregado pelas Bruxas Ancestrais- o que tem de interessante neste assunto.
O Fundamento:
Esta intrinsecamente relacionado com os 4 Elementos e a concretização da Vida no plano físico; deles o que nos interessa em maior grau aqui é o Elemento Água, porém todos também são importantes pois é esse fato o que dará a tônica exata para a nossa magia.
Se sabe que um feto humano de três meses tem ao redor de 94% de água, mas que em um recém-nascido esta proporção desce para aproximadamente 69%.
No homem, a água representa 65% do peso do corpo, e na mulher 50%; em certos fungos, 83% do peso é de água; já nas medusas (águas-vivas) encontramos 98% de água. Os organismos mais “desidratados” são as sementes e os esporos de vegetais (10 a 20% de água).
Sabemos, no entanto, que eles estão em estado de vida latente, somente voltando à atividade se a disponibilidade de água aumentar.
Agora que já esclarecemos a importância da Água, vamos tratar da “magia da concretização”.
Qualquer magia que quisermos concretizar precisa ser realizada com os 4 elementos, porém já que nosso corpo tem uma proporção maior de água, e sendo que nós somos a espécie mais completa em termos de perfeição no plano físico, as Bruxas me ensinaram que a proporção dos elementos mágicos, para um resultado adequado de nossas magias também deve ter mais “concentração” deste elemento.
A proporção que elas me disseram para usar é a seguinte: de 3 partes de Água, uma parte de Terra, uma parte de Ar, e todas elas envolvendo o elemento Fogo.
A base desta concepção é a “Letra da Deusa”, a qual me foi ensinada faz tempo por uma Mestra Espiritual de Runas.
Super-pondo a letra no esquema da Kabala, pode-se ver a composição exata que fará com que nossas magias se concretizem.
Normalmente as pessoas fazem uma ou duas ou mais magias para obter algum desejo, não tendo em conta os elementos; mas o que as Bruxas me disseram para fazer é exatamente isso.
Quando quisermos resolver uma questão financeira por exemplo temos de fazer 6 magias, para esse mesmo assunto.
Seriam 3 magias com o elemento Água, uma com o elemento Terra, uma com o elemento Ar, e uma com o elemento Fogo, porém na seguinte sequência:

1º - Uma Magia com o Elemento Água
2º - Uma Magia com o Elemento Ar
3º - Outra Magia com o Elemento Água (diferente da 1º)
4º - Uma Magia com o Elemento Terra
5º - Uma Magia com o Elemento Água novamente, porém diferente da 1º e da 3º
6º - E a última deverá ser uma Magia com o Elemento Fogo
A 1º esfera onde começa a letra da Deusa, esta relacionada com o Chakra Umbilical, com as Nevoas da Criação, de onde tudo provêm, do Incognoscível, do Criador.
A 2º é a esfera do Amor Maior, e sem ele a pureza não estaria presente em nossa magia; encontramos aqui através do Elemento Ar a sintonia com o Sopro Criador.
Na 3º esfera está o Poder Real, aquele que vem de nosso mundo interno, aqui trabalhamos com nossa Força Criativa.
Na 4º esfera trabalharemos com a virtude dela, que é a Arte; isto se relaciona com uma das 5 categorias na qual podem e/ou estão inseridos os seres humanos.
a) Párias - pessoas que ainda não despertaram para a Espiritualidade.
b) Artesãos - Aqueles que ajudam a construir o mundo.
c) Guerreiros - Os que lutam ou pelo bem ou pelo mal
d) Sacerdotes ou Sacerdotisas – São os que ensinam sobre o Caminho Espiritual.
Há uma 5º categoria mas que não nos é ensinada como sendo uma à qual podemos pertencer: Deusas e Deuses.
Aqueles que conseguem se colocar nesta categoria passam a estar fora do alcance da Guerra entre o Bem e o Mal.
Por isso tenho ensinado a fazerem duas mentalizações diárias, 3 vezes por dia, ao levantar, pela tarde e à noite antes de dormir:
1º- “Eu Sou uma Deusa” ou “Eu Sou um Deus”
2º - “Eu estou acima da Guerra entre o Bem e o Mal, eles não me atingem!”
Pode adicionar nesta frase sua família ou as pessoas que desejar proteger.
O certo é repetir cada frase 3 vezes cada um dos 3 momentos do dia que mencionei acima.
Voltando à nossa magia, então podemos ver que a 4º esfera faz emergir o artesão em nós, com a capacidade de construir um mundo melhor para todos; esta esfera também está diretamente relacionada com um dos arquétipos da Deusa (Vênus).
A 5º esfera dos Kerubins, e são eles os que manipulam a energia atómica para dar a forma correta aos corpos humanos e a concretização das coisas; então é de suma importância esta magia.
E por último a magia com o Elemento Fogo; esta esfera é a central no esquema da Kabala, e se relaciona com Sol, em termos planetários.
O gráfico ao lado é similar, semelhante e também é uma representação exata do útero com os ovários e o canal vaginal, terminando na esfera Tiphereth, planeta Sol; por isso se diz ou se dizia “dar a luz”, quando nascemos.
Por este motivo esta deve ser a última magia, a que será feita com o Elemento Fogo, pois ela será o “canal de nascimento”, a que concretizará no mundo físico o nosso desejo.
Estas magias devem ser todas feitas uma seguida da outra; nos próximos dias estarei publicando mais detalhada-mente este assunto sobre a relação mágica entre o corpo humano e a Kabala, na categoria que leva este nome.
Sobre o Animal de Poder
Xamanismo
A primeira vez que ouvi falar deste assunto foi muitos anos atras, quando recem começava leer, coisas sobre o mundo espiritual.
Lembro que comprei um livrinho, (que não sei onde foi parar) que falava de chamanismo; entre outras coisas, explicava a ideia do Animal de Poder, que as tribus tinham e como utilizavam esta força, nas suas ceremonias e no seu dia a dia.
Dizia que eles considravam o seu animal de Poder como o que lhes dava força e vitalidade, e que este animal, o espiritu dele, esta sempre a nos rondar, e a nos proteger, sempre por perto, sem se afastar muito.
Mas, que as vezes, ele se afasta demais, entretido com alguma coisa, ou por muito tempo, e que se isso acontece a pessoa se sente desanimada.
Eles acreditavam que ese espiritu era como a alma, como a anima da pessoa, por isso a gente fica “des-animado”, sem alma ou sem anima, e que era necessario trazê-lo de volta, para que a pessoa se restabelecece, ou do contrario poderia até ficar doente.
E a maneira como o faziam, era “dançando” o animal de Poder; isso significa fazer os movimentos e os sons que o Animal de Poder faz e emite.
Ou seja que a pessoa que estava “des-animada”, imitava o comportamento de seu animal e isso fazia com que ele retornasse, devolvendo-lhe a vitalidade e a saúde.
Experimente fazê-lo e vera o quanto esta afirmação é verdadeira; não se sinta ridiculo, ou bobo, pois é uma interesante experiência e de grande valor na bruxaria.
Você tambem pode fazê-lo antes, quando for fazer un trabalho, tanto
espiritual, como enfrentar uma situação dificil, no mundo fisico, na qual vai precisar de força ou valor.
Certamente ele vai acompanha-lo, e ajuda-lo da melhor forma que você precisar.
Tambem, ele pode ensinar-lhe muito sobre você mesma/o e seus habitos, gostos, preferências, etc., assim como dar-lhe muitas vantagêns na vida.
Este Animal de Poder não é necesariamente um animal feroz, mas nunca será um animal doméstico; por exemplo conheço uma moça, uma bruxinha, que o animal dela é uma Sereia.
É perfeitamente logico para ela, pois realmente a melhor defesa dela é o charme e a doçura que ela espalha, e que “encanta” a todos, deixando os inimigos dela imobilizados, e sem ação.
E não penssem que ela é futil ou muito levada, ao contrario é uma pessoa
muito centrada, com uma grande dose de responsabilidade, pelas suas ações e pelo seu entorno.
O sonho dela é encontrar o parceiro certo, e viver com ele, feliz o resto da vida, crecendo e aprendendo juntos.
Conheço um bruxo, escorpiano, que o animal dele é um tiranosauro rex, o que lhe cabe como uma luva; pois quando fica brabo, é esse animal exato que se expressa nele.
Estou certa de que quando ele aprender a dosar essa força, terá se tornado
um guerreiro imbativel.
Poderia continuar a lhe falar de outros exemplos, mas o melhor é você procurar saber qual é o seu, e deliciar-se com as coisas que ele vai lhe explicar sobre sua alimentação, seu jeito de andar, a musica que gosta, se gosta de andar e estar so, ou se prefere a companhia de muitas pessoas, como os lobos que andam em matilhas, e dai por diante.
Seu animal de poder, a partir do momento em que seja despertado, será seu protetor e ajudante infalível.
Ritual para despertar o Animal de Poder
Xamanismo
Tera de ir a um lugar isolado, onde não seja encomodado/a por curiosos, e que não seja perigoso, e fazer um circulo de pedras, deixando uma sem colocar para que possas entrar.
Despois de construido, deve deixar pronta uma pequena fogueira para acender quando entrar, tem que ser bastante grande o círculo, como para estar comoda/o nele junto ao fogo, e que possa se afastar se fica muito quente, ou se quiser dormir depois de terminado o ritual.
Quando entrar somente leve nas mãos uma bolsinha ou um pote com as ervas secas que vai queimar.
Coloque antes uma garrafa com agua dentro do círculo por si sente sede, pois não devera sair dele ate terminar o ritual, e um abrigo por se faz frio, ou uma manta e algo para sentar-se encima, uma manta ou um tapete pequeno, ou o que desejar, talvez uma almofada.
Parada/o do lado de fora do círculo, no lugar que deixou a pedra sem colocar, dizer:
” Com a benção da Mãe Terra,
Eu, tua filha/o,
Herdeira/o da Linhagêm Sagrada,
peço ser aceita/o no Círculo
das Estrelas”
Entrar, colocar a pedra que faltava para fechar o círculo,
e dizer:
” Sou bruxa/o,
sou tua serva/o,
sou agua, terra, ar e fogo,
Eu sou contigo e em Tí,
Grande Mãe, da Mãe de Minha Mãe”.
Depois disso, sentar-se perto da fogueira e acende-la. Quando consiga brasas, comece a espalhar as ervas secas no fogo, e observe-o um pouco; a Lua deve estar Cheia e o ritual tem que ser feito de noite.
Se o deseja e se puder, escute música indígena, pode ser com um diskman, ou com um gravador ou num CD.
Vazie sua mente e feche os olhos, sinta o vento, oussa o silencio, sinta a terra debaixo dos seus pés e diga:
Eu ( Nome Cósmico ou magico)
te chamo, meu Animal de Poder,
em Nome da Mãe Terra,
em Nome da Força da Vida
que habita em mim.
Vem e toma teu lugar junto a mim,
Mostra-me tua força, tua escência
e tua Sabedoria.

Eu (nome Cósmico ou magico)
te invoco para que sejas
meu guia na Noite Escura,
meu protetor contra as artimanhas
do mundo astral,
meu amigo e meu ajudante
em meus trabalhos mágicos.
Defende-me de meus inimigos
em todos os planos por onde caminhe.
Mostrate agora,
Revela-te a mim, nesta hora sagrada,
sob a Luz da Lua Cheia,
atraves da fumaça da Fogueira
dos Tempos, neste Circulo Estelar.
Que assim seja!
Depois de recitar isto, varias vezes se o desejar, pode leer-lo se lhe parece melhor; continue queimando as ervas, e fique quieta/o observando a fumaça, somente pensando en seu animal de poder.
Comece a sentir o animal fundir-se convocê, sinta-o, o quanto lhe seja possivel.
Nesse momento ele estará com você e poderas saber qual é; não se preocupe em julgar se é este ou aquele, espere e ele virá ao seu encontro.
Não se apresse por terminar a experiência, viva-a por enteiro, você decide quando terminar o ritual, mas faça-o sem pressa.
Para terminar dizer enquanto tira a pedra que colocou por ultimo:
“Eu ( nome Cósmico ou magico)
abro novamente o Círculo das Estrelas,
e te devolvo a elas,
te entrego ao Poder Sagrado
da Linhagêm das Bruxas,
e ao seio da Mãe Terra,
para que sempre me acompanhes.
Que assim seja!
A Fogueira ainda deverá estar acesa; apaga-la com agua, desfazer o círculo; depois colocar-se de costasas ao centro, onde estava a fogueira, fazer uma reverência, que começa olhando a Lua Cheia e termina na Terra, dizendo:
“Nós vamos em paz, (tú e teu animal de poder)
porque fizêmos a Harmonia Terrestre,
e reconstruimos o Equilibrio Celeste.”
Agora pode juntar suas coisas e ir dormir, pode ser que sonhe com seu animal de poder, e ele lhe conte coisas.
Quando tenha pratica pode invoca-lo a qualquer hora, em qualquer lugar que deseje, basta sintonizar com ele.
Pode fazer o ritual com outras pessoas que desejem ver seu animal, ainda que não sigam a Wicca, com tanto que façam tudo como pede o ritual, que o levem a serio e que não saião do círculo por nenhum motivo, ate que termine.
As outras pessoas devem leer ou recitar as invocações junto contigo, as de abertura e fechamento, menos a do animal de poder, que tem de ser individual.
Outra coisa, as bruxas mulheres, sempre que trabalham dentro de círculos, seja onde seja, no campo, no bosque, no parque, na praia, ou dentro de casa, tem que usar saia comprida, de preferência ate os pes.

O Que é Druidismo?
"Deixemos de lado os argumentos morais, complicados e subjetivos, e passemos aos assuntos objetivos e coerentes de nossa linha lógica de pensar que tão bem nos diferem..."
Os druidas formavam um grupo seleto de pesquisadores e buscadores da Verdade que se reuniam não em bosques, em baixo de árvores, ou dentro de cavernas escuras, úmidas e frias, como querem algumas mentes pouco inteligentes e muito imaginativas.
O grande problema é que aqueles que geralmente dizem "conhecer" o ensinamento druídico não se deram ao trabalho de pesquisar a fundo as obras que foram escritas a respeito deles, na verdade, não estamos falando de um povo imaginário ou lendário, que viveu em uma terra mística ou lendária, mas de um grupo real, documentado e contemporâneo aos primeiros historiadores, que os viram, tocaram e falaram com eles, portanto é muito mais difícil que inventar, por isso é muito raro encontrar obras sérias contendo as suas histórias, lendas e rituais secretos.
Os druidas se reuniam em Colégios onde desenvolviam e preservavam conhecimentos que herdaram de uma raça anterior a nossa e muito mais avançada, que possuíam o controle total do que hoje chamamos infantilmente de Energia Telúrica, e preservado pelos orientais com o nome de Feng Shui, além de compreender o poder dos elementos, e teria dito Aristóteles, mentor de Alexandre, o Grande: - "Se pudesse escolher meus exércitos. eles seriam as pedras, os ventos, o fogo os mares..." E eles dominavam claramente estas forças da natureza não por aprendizado próprio, mas por herança, e isto não é lenda, os romanos e gregos registraram seu poder.
Caius Julius Caesar, ou Júlio César, se deu ao trabalho de registrar a história de sua guerra para conquistar a Gália (Portugal, Espanha, França, Holanda; norte da Itália, Romênia) e Bretanha (Inglaterra, Irlanda, Escócia), em sua obra Comentários, nela ele conta que após várias derrotas em suas batalhas, percebeu que haviam os druidas guerreiros, onde o termo druidesa não cabe, já que após um rito específico haveria a perda de polaridade, então seria "o druida" ou "a druida", e entre estes estrategistas havia mulheres, que oficiavam ritos, conheciam e controlavam as RUNAS, guerreavam e comandavam tribos; como é o caso de Beodica, que além de rainha, era druida, e de Morgana, que chegou ao cargo de Merlin da Bretanha, em circunstâncias especiais, estes foram os estopins para a guerra entre o Império Romano expansionista patriarcal e a Céltica, um Império Dual, com igualdade de sexos, e que se expande através do conhecimento, da ordem e justiça social, como veremos, pois isso é dito não por fantasia ou outras formas fantásticas de informações comuns hoje em dia, mas de registros históricos públicos e testemunhas.
Em primeiro lugar os diferenças. o povo celtas eram os habitantes das áreas acima mencionadas mais a região Nórdica (Islândia, Noruega, Dinamarca, Finlândia e Suécia), eram segundo os romanos um povo guerreiro por natureza e segundo os gregos eles não possuíam escravos, fato impar naquela época e não haviam analfabetos, por que?
Por causa dos Druidas que eram os membros do Colégio, que eram Juizes, engenheiros, médicos professores, generais e etc...
O problema maior para os romanos foi o grau de sigilo da Ordem, e como eles conseguiam derrotar as legiões romanas? César registrou:
"...E existe um grupo de druidas que observavam e comandavam a batalha, então um grupo especial tinha a missão de matá-los, mas ao se aproximar para golpear, eles olhavam nos olhos do agressor e não diziam nada e caiam no chão sem reagir e sem expressar qualquer medo perante a morte, pois possuíam a concepção de que se encontrariam em outra vida...", tal era a certeza da reencarnação e em um conceito mais avançado conhecido como metempsicose.
As druidas deram trabalho aos romanos, pois além de guerreiras, que deram fama as Amazonas, que é um outro ramo de guerreiras-sacerdote, após a vitória Romana, criaram as Cones, e fizeram um ramo secreto conhecido como Wicca, não estes grupos de desequilibradas que não entram em igrejas e tem medo de água benta e aliás basta ver o filme real e sem fantasias "As Bruxas de Salem", que mostra que estas paranóicas nada tem a ver com as heroínas seguidoras da verdadeira Força Ying, chamada por elas de A Deusa.
E são consideradas heroínas, em segredo, e um dos motivos seria o seguinte: na Segunda Guerra elas ajudaram a impedir a invasão da Inglaterra pelos alemães, os fatos narrados pertencem a arquivos não oficiais: "...E então elas se reuniram com sua rainha em sua ilha..., localizada na Inglaterra e nas vésperas da ofensiva contra a grande Ilha, como elas a chamam, formaram um círculo com o número necessário de irmãs, e durante treze dias formaram uma força conhecida como egrégora através do cântico, cada uma não podendo largar a mão da outra, sem poder sair do círculo, para nada, as mais idosas e as menos capazes, caíam uma a uma e a medida que o círculo abria elas imediatamente davam as mãos para fechar, e uma disse: Perdemos muitas irmãs naqueles dias, mas continuaremos sempre a necessidade assim o exigir..."
Uma formula druida de limpeza de ambiente que não põe em perigo quem o faz, sem qualquer conhecimento ou verdadeira iniciação, é a seguinte:
"Para os casos de fraquezas, desânimos, depressões, choro, pesadelos:
Pegue oito espinhos de rosas vermelhas e os coloque dentro de seu perfume, então o borrife nos lugares que você queira purificar e atrair superiores presenças equilibradoras.
A formula falada é:
Um espinho quando espeta
Surpreende quem não sabia,
Ele não só provoca dor,
Ele também conduz a magia
E em nome dessa magia
Eu digo ao espinho:
"que assim seja; e assim se faça"
Esta é a fórmula falada para estes casos, mas porque o espinho?
E porque deve ser o perfume de seu uso pessoal?
Será que cada essência de magia possui uma formula falada diferente?
Entre os outros casos, a magia possui uma função dentro de um contexto, não é apenas exaltação de Ego de pessoas que não tem o que fazer, pois é na hora da necessidade que sabemos se este Conhecimento existe ou não

Mitologia Nórdica
PANTEÃO NÓRDICO
"Ygdrasill" é uma árvore freixo, o eixo do mundo. Nas raízes ficam os mundos subterrâneos, habitados por povos hostis. Em torno do tronco, fica "Midgard", mundo material dos homens. Nos ramos mais altos, que roçam o Sol e Lua, fica "Asgard", domínio dos Deuses, com muitos palácios, e com o Salão do Mortos, "Vallalla", onde os guerreiros são recebidos.
DEUSES
ODIN - Pai de todos, protetor dos poetas, dos guerreiros, dos estadistas e o Deus da morte, da Guerra e da Magia. Carrega a lança Gungnir que nunca erra o alvo e que no cabo, tem runas gravadas, que ditam a preservação da lei. Cavalga o garanhão de oito patas Sleiphir e reune guerreiros para lutarem com ele. Conquistou as runas , alfabeto nórdico, para a humanidade através de um ato de sacrifício pessoal e trocou seu olho direito por sabedoria. Seu dia: quarta-feira.
FRIGG - Esposa de Odin. Deusa da Fertilidade, versão da mãe Terra. É associada a Nerthus (Idade do bronze). É conhecida por sua sabedoria e por nunca revelar nada a ninguém, nem mesmo ao seu esposo. É representada por uma sacerdotisa nua de cabelos longos, usando um torc (colar de ouro) e pulseiras nos braços e pernas.
THOR - Deus do trovão, filho de Odin. Sua arma, o martelo de pedra Mijollnir. Thor é invocado nas mágicas rúnicas como força vingadora. Casou-se com a Deusa Sif, do trigo. Seu dia: quinta-feira.
BALDUR - Dos deuses do sexo masculino, este é o mais jovem e o mais bonito. Deus do Sol e do Verão. Irmão de Thor, é o mais eloquente dos deuses.
LOKI - Deus do fogo, irmão de sangue de Odin, trapaceiro do panteão, é o bom e o mau em uma só pessoa. Tem descendência dos povos gigantes. Seu dia: sábado.
TYR - É o Deus do combate, o general do panteão, ao passo que Thor é mais o guerreiro e Odin, o estadista. Seu dia: Terça-feira.
NJORD - É o Deus do mar e o protetor dos marinheiros e dos pescadores. Representaçào paterna do Vanir, ele é o concessor das riquezas e um corajoso guerreiro. Casado com a Deusa Skadi.
FREY - Filho de Njord, é o patrono da fertilidade, o soberano do reino dos duendes responsáveis pelo crescimento da vegetação. A sua principal característica é o seu pênis ereto, e é o equivalente setentrional, mais próximo do deus de Wicca.
FREYA - Irmã de Frey, é a mais famosa das deusas e protetora do amor e da feitiçaria. Compartilhou com Odin a morte em batalha, recebendo o primeiro golpe.Seu dia: sexta-feira.
HEIMDAL - É o deus brilhante, guardião da ponte do arco-íris que conduz à Asgard e possuidor do Gjallanhorn que ele sopra na batalha de Ragnarök. Sua audição é tão sensível que ele pode ouvir a grama brotando e a lã crescendo no dorso de uma ovelha.
NORNES - Deusas do destino: Urd, Verdandi e Skuld. São as três irmãs que tecem o destino dos homens em seus teares. Guardam a Yggdrasill, a árvore do mundo, que sustenta a Terra.Todas as manhãs fazem chover hidromel sobre suas raízes, para que as folhas permaneçam verdes. São representadas pela virgem, a mãe e a anciã. Urd é muito velha e vive olhando para trás, por sobre os ombros. Verdandi é uma jovem e olha sempre para o presente e finalmente Skuld, vive encapuçada e possui um pergaminho fechado sobre seu regaço, que contém os segredos do futuro.
IDUN - Deusa da saúde e mulher de Bragi, deus da poesia. Ela é responsavel pela saúde dos deuses, que precisavam comer uma maçã por dia, vinda de seu cofre de madeira de freixo, para manterem sua juventude e força.
MIMIR - Gigante, guardião da Fonte da Sabedoria e amigo de Odin.
AEGIR - Gigante dos mares.
VALKYRIAS - Mulheres que apareciam para os guerreiros que iam morrer e ficavam invisíveis para os demais.
DVALIN - Soberano dos anões.
DAIN - Soberano dos Elfos.

Basico wicca

O PAGANISMO propõe-se a recuperar a complementaridade entre homem e mulher, entre macho e fêmea, simbolizado no Deus e na Deusa, que não são superiores um ao outro, mas que se complementam. Dentro do PAGANISMO a WICCA dá à Deusa um papel preponderante, quer nas suas práticas quer nos seus mitos, criando assim o seu principal símbolo e mostrando a sua importância fundamental quer para as mulheres quer para os homens.

Crenças, um termo comum e ao mesmo tempo estranho para religiões pagãs.

Quando falamos de crenças, pela influência Cristã, pensamos que crer em algo signifique apenas “acreditar na existência” ou “ter fé na existência”, sem a necessidade de se provar tal fato.

Com isso, muitas pessoas quando lêem sobre os DEUSES pagãos, ou sobre os ELEMENTAIS , indagam sobre como podemos acreditar (crer) em tais seres, já que eles aparentam ser tão fantasiosos em virtude de suas mitologias e lendas.
O que poucos compreendem é que nossos DEUSES não são invisíveis ou intocáveis, pelo contrário, eles estão presentes em cada uma de nossas ações e sensações, conversamos com eles e ouvimos (sim, ouvimos) suas respostas, em nossos ritos não apenas sentimos suas presenças em razão da fé, mas os vemos, lidamos com eles, recebemos mensagens, broncas, e deliciosos momentos de interação onde sentimos sua presença por completo, tanto externamente quanto internamente.
Logo, você que deseja conhecer as “crenças” Wiccanas, fique atento(a), nós só acreditamos naquilo que vive e é sentido dentro e fora de nós, que interage conosco em todos os campos e momentos de nossas vidas, nada do que vai ler abaixo é apenas uma lenda, ou uma forma diferente de ver as coisas, é a verdadeira forma como cada WICCANO trabalha sua religiosidade, e eles não acreditam que seja verdade, eles SABEM que é verdade.
A WICCA é uma religião muito ampla em relação a sua crença no divino, por isso alguns pontos devem ser analisados para uma melhor compreensão por aquele que deseja seguir a Arte.
A base teológica da WICCA encontra-se na celebração e interação com duas divindades: a Deusa e o Deus, para as tradições iniciais como a Gardneriana (alguns grupos), tais divindades são o princípio de tudo e delas surgiram todas as outras divindades. Sendo assim, o casal divino celebrado por algumas tradições está inserido num modelo de Henoteísmo, onde a Deusa e o Deus são supremos, onipotentes e oniscientes, e deles todos os outros DEUSES e seres foram criados. Como uma amiga costuma dizer: Alguns Wiccans celebram “Deuses Cósmicos” e outros “Deuses não-Cósmicos”.
‘Duoteísmo’ é a palavra que melhor define a teologia Wiccan, todos os Wiccans acreditam na existência de um casal divino, oposto e complementar de igual poder e patamar de culto. Tais divindades possuem características específicas, a Deusa é essencialmente Lunar, ou seja, é representada pela lua e suas características. E o Deus é essencialmente solar, sendo representado por tal e como tal. A TERRA encontra-se entre os astros, simbolizando a criação Deles e mostrando que eles são ambos parte da terra, sendo assim o Deus é o caçador selvagem, o senhor da morte e da vida, aquele que anda entre os mundos, assim como a Deusa é a senhora da natureza, a mãe da vida e da morte, a senhora que anda entre os mundos, aquela que recebe em seu ventre aqueles que morrem e lhe dá novas vidas junto ao Deus.
Na WICCA os DEUSES não possuem um patamar distinto mesmo que muitos afirmem isso, a Deusa tem o mesmo valor e importância do Deus, eles são a criação, eles são a vida e a morte. Toda celebração verdadeiramente Wiccan precisa celebrar o Deus e a Deusa em igual importância.
Algumas tradições definem que todos os DEUSES conhecidos pelas mitologias e que formam os mais distintos panteões são faces ou estereótipos do Deus e da Deusa, e normalmente vivificam a frase: “Todas as Deusas são A Deusa e todos os DEUSES são O Deus”, tal visão é relativamente válida, porém, entra em conflito direto com aqueles que são politeístas e encaram cada divindade com uma forma, força e poder distinto daqueles presentes em outras divindades, o que não permitiria que uma única divindade fosse todas as outras, mas que na verdade cada uma tivesse seu papel no universo e que o Deus e a Deusa celebrados na WICCA fossem, na verdade, a grande energia cósmica de criação, que está além da idéia de divindades, tornando-se assim “Deuses cósmicos”.
A interação com as diferentes divindades existentes nos panteões é válida dentro da Wicca, mas precisa ser intimamente analisada, e trabalhada por cada grupo ou tradição, pois a verdadeira busca é direcionada à polaridade Deusa Lunar e Deus Solar.
Essa pequena confusão da forma de encarar as divindades ocorre devido a mistura da WICCA com os conceitos pagãos mais antigos de uma celebração politeísta exata, onde cada divindade era uma força e personalidade distinta e onde cada divindade comandava uma área e respondia por algumas atividades específicas. Gardner fundamentou a WICCA num modelo Duoteísta e não puramente politeísta, visto que o duoteísmo é um politeísmo diferenciado. Infelizmente a constante inserção de novos conceitos que não fazem parte da WICCA proposta por Gardner ocasiona esses pontos confusos, e por essa razão é muitíssimo importante que o buscador estude e verifique qual tipo de vivencia ele encontra com os Deuses, para que assim busque uma tradição que trabalhe nesse modelo.
Ressaltando que todos os sistemas têm sua validade dentro de um modelo individual de culto. Entretanto, atenha-se que uma tradição precisa seguir sempre um mesmo modelo de culto, pois se assim não fizer ela perde a sua RAIZ e deixa de ser uma tradição, sendo assim, uma tradição Wiccan precisa ser Duoteísta, celebrar uma Deusa e um Deus, e se assim não o fizer ela não é Wiccan.
Deuses, seres com os quais buscamos o “religare”...
Na WICCA , o envolvimento com os DEUSES ocorre de uma forma muito distinta e harmônica. Para nós os DEUSES nao sao intocáveis, distantes, ou castradores, pelo contrário, eles sao como nós, interagem conosco em todos os campos de nossa vida, conhecem o nosso lado sombras e o nosso lado luz e nos auxiliam a manter o equilíbrio de ambos, sem julgamentos ou condenaçoes, o que acontece é que cada ato tem um peso, e esse peso pode ser bom ou nao para o convívio com os Deuses.
Nós nao tememos os Deuses, nós apenas os respeitamos, nós possuímos cada divindade dentro e fora de nós, por isso, o respeito que temos pelos DEUSES deve ser o mesmo que temos por nossos irmaos. Uma característica marcante dos Wiccanos é sua forma de interagir com os Deuses, nós nao ajoelhamos para falar com eles, nós nao abaixamos a cabeça, ou temos qualquer atitude de submissao, pois nao há necessidade, eles sao nossos pais, criadores, irmaos, amigos, eles sao cada um de nós e o AMOR que temos por eles nos dá total consciencia que o respeito está exatamente em amá-los e cultua-los como parte de nós. Mas uma coisa deve ficar clara, os DEUSES nao sao sempre amáveis e “bonzinhos”, eles fazem o que tem de ser feito, e se os desrespeitarmos iremos sofrer conseqüencias por tais atos, um bom exemplo é invoca-los em um RITUAL por pura brincadeira e sem uma devida necessidade. Outra coisa a ser dita é: “Cuidado com o que voce pede aos Deuses, pois eles podem atender...”. Logo, estudem e conheçam os DEUSES internamente antes de busca-los externamente.
O Deus e sua representação: como caçador-coletor representado por um ser humano com chifres de Alce.

A Deusa e suas três faces: a Virgem ou donzela, a Mãe e a Velha Sábia.
"Para a Wicca, existe um Princípio Criador, que não tem nome e está além de todas as definições. Desse princípio, surgiram as duas grandes polaridades, que deram origem ao Universo e a todas as formas de vida."
O Deus
Um dos princípios da BRUXARIA é a harmonia tanto consigo quanto com o universo. Trabalham com energias masculinas e femininas mesmo sendo uma religião Matrifocal, a Deusa e seu Consorte vivem em total equilíbrio e igualdade, muitas das estatuetas e pinturas rupestres da antiguidade mostravam a Deusa rodeada por Animais completamente masculinos, como leões e veados, outras estatuetas tinham espécies de corpos mórficos, uma mistura do masculino e do feminino em um só ser.

Na maioria dos Mitos o Deus nasce da Deusa depois se torna seu consorte (marido), trazendo à tona a fertilidade, vive em harmonia com ela depois morre seguindo o ciclo da Vida, morte e renascimento. Não somente como o Sol o Deus esta representado em muitas faces na Natureza, principalmente na sua face indomável, que exemplifica a fase do homem como caçador-coletor representado por um ser com aspecto humano, porém com chifres, chifres esses de Alce, mostrando ainda um animal selvagem.

Conforme o Homem foi "domesticando" a TERRA e os animais, esse Deus passou a ser apresentado por corpo Humano, mas com chifres de bode, um animal dócil e domesticável. Mesmo tendo chifres de Bode ainda mantinha em seu ser a força do Deus selvagem dos chifres de Alce, como atesta a natureza do Deus Pã.

Como a Deusa, o Deus também tem muitas faces e muitos nomes, Cernunos (kernunos) descreve bem a face deste Deus selvagem em que acreditavam os Celtas, Dionísio também tem chifres e representa a virilidade, em algumas ocasiões seus chifres são de bode outras de touro, essa imagem de touro como as representações em que Dionísio aparece com serpentes têm ligações com os ritos lunares da Antiga Europa. Sabemos que em algumas tradições Dionísio era consorte de Ártemis, confirmando a sua natureza silvestre. Ao chegar à Itália o culto a Dionísio foi adaptado à vida da nova terra. Quando esse Deus foi atribuído aos vinhedos teve o nome modificado para Baco muitas vezes o Deus Conífero na Itália também recebia um coroa de folhas de Uva, e atrás surgiam seus chifres.

Outra face do Deus é a do Senhor da Colheita - Green Man, aqui encontramos mais uma vez a figura de Dionísio, sendo o único Deus não indo-europeu da Antiga Europa, aqui ele aparece como o Senhor da colheita, tendo uma imagem mais madura, como as sementes depois que o sol brilhante e fervoroso as fez germinar, instiga o verdejar da TERRA após o frio inverno.

As estrelas são pequenos sóis distantes, também associadas ao Deus, como os desertos escaldantes, e as altas montanhas.

Os Símbolos normalmente utilizados para representar ou cultuar o Deus incluem a espada, chifres, a lança, a VELA , a flecha, bastão mágico, o tridente, o punhal, faca ou ATHAME , as cores são o dourado, marrom, azul, verde e amarelo. Os principais Sabats ligados ao Deus é o Yule, que marca o nascimento da Criança da Promessa, em Ostara o Deus se torna um jovem que esta alcançando sua maturidade. A Deusa e o Deus são iguais e unidos.
A Deusa
A Grande Mãe representa a Energia Universal Geradora, o Útero de Toda Criação. É associada aos mistérios da Lua, da Intuição, da Noite, da Escuridão e da Receptividade. É o inconsciente, o lado escuro da mente que deve ser desvendado. A Lua nos mostra sempre uma face nova a cada sete dias, mas nunca morre, representando os mistérios da Vida Eterna.

Na Wicca, a Deusa se mostra com três faces: a Virgem ou donzela, a Mãe e a Velha Sábia, sendo que esta última ficou mais relacionada à BRUXA na Imaginação popular. A Deusa Tríplice mostra os mistérios mais profundos da energia feminina, o poder da menstruação na mulher, e é também a contraparte Feminina presente em todos os homens, tão reprimida pela cultura patriarcal!

A Deusa é a Mãe universal. É fonte da fertilidade, da infinita sabedoria e dos cuidados amorosos. Segundo a Wicca, ela possui três aspectos: a Donzela, a Mãe e a Anciã, que simbolizam as Luas Crescente, Cheia e Minguante. Ela é a um só tempo o campo não arado, a plena colheita e a TERRA dormente, coberta de neve. Ela dá à luz em abundância. Mas, uma vez que a vida é um presente seu, ela a empresta com a promessa da morte.

Esta não representa as trevas e o esquecimento, mas sim um repouso pela fadiga da existência física. É uma existência humana entre duas encarnações. Uma vez que a Deusa é a natureza, toda a natureza, ela é tanto a tentadora como a velha; o tornado e a chuva fresca de primavera; o berço e o túmulo. Porém, apesar de ela ser feita de ambas as naturezas, a WICCA a reverencia como a doadora da fertilidade, do AMOR e da abundância, se bem que seu lado obscuro também é reconhecido.

Nós a vemos na Lua, no silencioso e fluente oceano e no primeiro verdejar da primavera. Ela é a incorporação da fertilidade e do amor. A Deusa é conhecida como a rainha do paraíso, Mãe dos DEUSES que criaram os Deuses, a Fonte Divina, A matriz Universal, A Grande Mãe e incontáveis outros títulos.

Muitos símbolos são utilizados na WICCA para honrá-la, como o caldeirão, a TAÇA , o machado, flores de cinco pétalas, o ESPELHO , colares, conchas do mar, pérolas, prata, esmeralda... Para citar uns poucos. Por governar a Terra, o mar e a Lua, muitas e variadas são suas criaturas. Algumas incluíram o coelho, o urso, a coruja, o gato, o cão, o morcego, o ganso, a vaca, o golfinho, o leão, o cavalo, a corruíra, o escorpião, a aranha e a abelha. Todos são sagrados a Deusa! A Deusa já foi representada como uma caçadora correndo com seus cães de caça; uma deidade celestial caminhando pelos céus; a eterna mãe com o peso da criança; a tecelã de nossas vidas e mortes; uma Anciã caminhando sob o luar buscando os fracos e esquecidos, assim como muitos outros seres. Mas independente de como a vemos, Ela é onipresente, imutável, eterna e assim como o Deus vive dentro e fora de nós.

“Honrai os DEUSES ó filhos da Terra! Honrai a si e aos seus irmãos! Honrai a Natureza que em abundância vos cria e lhes dá sustentação! Que assim seja pela eternidade”. (Dayne Anglius Dosken)

Como qualquer Religiao a WICCA possui festivais. Com a diferença que na Wicca, esses estao intimamente ligados ao que chamamos de “A Roda do Ano”, uma representaçao a nível cosmológico das crenças em um ciclo de nascimento, vida, morte e renascimento. Estas festividades estao também ligadas ao ciclo das colheitas, as fases da Lua e as estaçoes do ano. As principais sao as festividades Solares ligadas astronomicamente aos Solstícios e os Equinócios, no Brasil alguns Wiccanos tem preferencia por praticar a Arte pelo Hemisfério Norte, mesmo estando localizados no Hemisfério Sul.
Hemisfério Sul
SAMHAIN - 30 de ABRIL

YULE - 21 de JUNHO

CANDLEMAS - 1 de AGOSTO

OSTARA - 21 de SETEMBRO

BELTANE - 31 de OUTUBRO

LITHA - 21 de DEZEMBRO

LAMMAS - 2 de FEVEREIRO

MABOM - 21 de MARÇO
Hemisfério Norte
SAMHAIN - 31 de OUTUBRO

YULE - 21 de DEZEMBRO

CANDLEMAS - 2 de FEVEREIRO

OSTARA - 21 de MARÇO

BELTANE - 30 de ABRIL

LITHA - 21 de JUNHO

LAMMAS - 1o de AGOSTO

MABOM - 21 de SETEMBRO
Cada tradiçao na WICCA faz seus próprios ritos, dizer quais sao certos nao cabe a mim, até porque muitos se identificam com a WICCA pela liberdade e principalmente por poder realizar o que quiser e como quiser individualmente (todos recebemos os conselhos, seguirmos depende de cada um de nós), a maioria segue os RITUAIS normais sazonais e praticam sozinhos e livremente seus feitiços e RITUAIS próprios.


.: 1. LUA NEGRA – A Transformaçao

.: 2. LUA NOVA - A Criaçao

.: 3. LUA CRESCENTE - O Amadurecimento

.: 4. LUA CHEIA – A Força

.: 5. LUA MINGUANTE – A Morte

A WICCA é uma Religiao de equilíbrio e suas práticas religiosas seguem esse princípio com festejos Solares, expressos nos Sabaths, e com celebraçoes Lunares, expressas nos Esbaths. Cada período lunar corresponde a uma face/característica da Deusa, assim como cada período solar corresponde a uma face/característica do Deus. Sendo que em ambas as práticas os DEUSES sao celebrados em igualdade, apenas simbolicamente os Esbbaths correspondem a Deusa e os Sabbaths ao Deus.

O período Lunar começa logo após a Lua Negra, com a chegada da Lua Nova, a primeira representa o aspecto de transformaçao/morte da Deusa, onde ela é vista em sua Face de Ancia, já a segunda representa o aspecto de inovaçao/nascimento da Deusa, e ela aparece em sua face de Jovem donzela. Após a Lua Nova a Deusa começa a amadurecer, percorrendo o período da Lua Crescente como uma Donzela em busca de sua fertilidade e força, as quais ela conquista no plenilúnio da Lua cheia onde ela torna-se Mae. Depois ela começa a caminhar introspectiva pela Lua Minguante para torna-se a sábia Ancia que morre na Lua Negra, para retornar na Nova em um ciclo continuo de vida, morte e renascimento.

As influencias energéticas provocadas pelo Magnetismo Lunar, que podem ser percebidas nas marés e ressacas, na menstruaçao das femeas sao uma conseqüencia direta desse ciclo de transmutaçao que ocorre em cada fase da Lua, e os Bruxos e BRUXAS , conscientes dessa influencia interna e externa, celebram há milenios tais mudanças, que hoje na WICCA sao chamadas de Esbaths