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Wicca

A WICCA é uma Religião neopagã, iniciática, sacerdotal, com base de práticas na BRUXARIA Européia sendo, inclusive, chamada atualmente de “Bruxaria Moderna”. Suas práticas estão diretamente relacionadas aos ciclos Solar e Lunar e demais mudanças naturais. Foi desenvolvida na década de 50/60 a partir de estudos de um senhor inglês chamado Gerald Brosseau Gardner que interessado no ocultismo e na Bruxaria, começou a fazer pesquisas e buscar formas de praticar as religiosidades baseadas nesses sistemas. Gardner iniciou o processo de arrecadação de informação sobre os antigos cultos pagãos desde muito cedo, através de suas andanças pela Ásia e Europa. Naquele tempo as Leis contra a BRUXARIA ainda eram vigentes na Inglaterra.

Na Década de 50, com o fim da última lei contra a BRUXARIA e demais práticas mágickas, Gardner lançou dois livros de grande importância para a volta da BRUXARIA ao cenário social - Witchcraft Today (1954) e The Meaning of Witchcraft (1959). Afirmando ter sido iniciado em um Coven (família/grupo) de BRUXAS tradicionais Britânicas, Gardner criou seu próprio grupo, e deu a suas práticas o nome de Wicca, utilizando o nome que ouvira de sua sacerdotisa.

O termo WICCA vem do Inglês Arcaico Wicce/Wicca (feminino/masculino) expressões diretamente ligadas à magia e/ou aos seus praticantes servindo, dessa forma, para designar os praticantes de algum sistema de magia ou pessoas sábias.

A WICCA é dividida em diversas tradições, cada qual desempenha um importante papel na divulgação da religião para os mais diferentes tipos de pessoas. Visto que cada tradição possui práticas e ideologias diferenciadas, mas que atendem a um padrão único relacionado à teologia e liturgia da Wicca.

Para compreender toda a história, teologia, liturgia, e demais conceitos e práticas da Religião WICCA é necessário que o buscador dedique-se seriamente aos estudos, em livros, sites, comunidades e que posteriormente busque grupos sérios para se interar da religiosidade.

Primeiro tenha uma base de conhecimento, para que assim possa reconhecer as boas informações e para que possa constatar quem é um verdadeiro sacerdote capaz de instruir satisfatoriamente os estudantes.
Bruxaria é o ofício/prática/vivência das antigas religiosidades dos povos da Europa, que após quase 2000 anos de exclusão e "desaparecimento" ressurgiu nos idos de 1940 sob o nome de WICCA.
A palavra WICCA vem do inglês arcaico Wicca/Wicce (masculino/feminino), significando “O praticante de Magia”, e tem ligação direta com o termo saxão Wich que significa "girar, dobrar ou moldar". Vemos também corruptelas deste termo em diversos outros idiomas sempre expressando algo religioso e relacionado à Magia.
A WICCA é uma Religião que pretende celebrar a natureza e que busca sua inspiração nas religiões pré-cristãs de culto aos Deuses, nas celebrações dos ciclos anuais das colheitas, no culto do Deus fertilizador da TERRA e da Deusa Mãe criadora de tudo, e em várias outras expressões religiosas primitivas com uma forte ligação com a natureza e com os ciclos da vida.
A WICCA baseia-se no equilíbrio e polaridade das energias, que através de ritos religiosos e práticas de magia coloca o homem em contato direto com a natureza, resgatando assim o verdadeiro sentido da palavra Religião (Religare= religar), religar o homem àquilo que ele foi desligado.
Os objetivos da BRUXARIA são: o autoconhecimento, a harmonia com os ritmos do Sol e da Lua, a compreensão dos poderes da natureza e a busca de um novo equilíbrio do homem com o seu meio.
A BRUXARIA reconhece o Dualismo Divino e sendo assim reverencia a Deusa criadora de todas as coisas e o Deus o poder fertilizador.
A energia estática, negativa e magnética (minos) seria a força da Deusa. A energia positiva, ativa e móvel (plus) seria a força do Deus. Ambas são opostas e complementares, uma dá origem à outra, juntas são a manifestação e equilíbrio do Universo.
A WICCA busca muito de sua inspiração nos mitos e Divindades celtas, gaulesas e irlandesas, recorrendo entanto a fontes clássicas (greco-romana) e diversas outras tradições populares.
Para os conceitos da BRUXARIA as palavras DEUSA e DEUS abarcam toda a magnitude do Universo. Os DEUSES seriam a manifestação criadora da qual procedem todas as criaturas. Eles estão presentes dentro e fora de nós, poder esse chamado de imanência.
A BRUXARIA ensina seus praticantes a compreenderem o Universo, o nosso lugar e papel dentro dele.
A utilização da Magia, entendida como um conjunto de técnicas capazes de manipular energias naturais, é a parte prática que mais distingue a Wicca.
As bases da BRUXARIA encontram-se na invocação e manipulação das forças energéticas presentes no inconsciente coletivo, que devem ser trabalhadas por meio da intuição e emoção.
As energias divinas com as quais trabalhamos são as forças arquetípicas da psiquê humana.
Um Bruxo conhece, canaliza e utiliza corretamente esta energia.
Os fundamentos da BRUXARIA estão em conhecer, penetrar e respeitar a natureza que é a própria manifestação da Deusa.
A proposta da BRUXARIA é harmonizar o homem com o ritmo da natureza e fazer com que ele entenda as forças interiores e exteriores, pois é desta forma que se mantém o equilíbrio e inter-relação com os Deuses.
A BRUXARIA também se propõe a recuperar a complementaridade entre homens e mulheres, pois cultua a Deusa e o Deus, mesmo dando à Deusa um papel de destaque, quer nas suas práticas quer nos seus mitos.
Na atualidade onde dificilmente há lugar para expressão dos valores femininos e onde não existe qualquer figura feminina como caráter sagrado principal, a perspectiva matrifocal da WICCA contribui para sua divulgação tanto junto aos homens como das mulheres.
A WICCA é uma Religião onde não existem livros sagrados, ou dogmas de restrição, tudo que é ensinado visa um aperfeiçoamento do ser para a sua vivência em grupos de forma harmônica. Algumas leis são criadas a partir de duas outras leis básicas, que são fundamentais para a compreensão das práticas e comportamentos dentro do meio WICCANO , são elas: “Faz o que tu queres, desde que não prejudique ninguém, nem a si mesmo” e “Toda ação gera uma reação, esteja pronto para arcar com as conseqüências dos seus atos, sem jamais culpar ninguém além de si”.
É uma escolha pessoal para aqueles que sentem que a sua percepção do sagrado não só não se enquadra nos esquemas tradicionais, como é algo demasiadamente individual para se sujeitar ao conjunto de regras e crenças que outros determinam.
Wicca é uma religião de natureza pagã, com duas deidades maiores reverenciadas e adoradas em seus ritos: A Deusa (o aspecto feminino e deidade ligada à antiga Deusa Mãe em seu aspecto triplo de Virgem, Mãe e Anciã.) e seu consorte, o Deus Cornífero (o aspecto masculino e deidade ligada ao Deus Caçador, apresentado como Criança da promessa, Fertilizador e Ancião). Seus nomes variam de uma tradição wiccaniana para outra, e algumas utilizam outros panteões para representar várias faces e estados de ambos os DEUSES . Freqüentemente, WICCA inclui a prática de várias formas de Alta Magia (geralmente com propósitos de CURA psíquica ou física, neutralização de negatividade e crescimento espiritual) e ritos para a harmonização pessoal com o ritmo natural das forças naturais marcadas pelas fases da lua e pelas quatro estações do ano. WICCA (que também é conhecida como "Arte dos Sábios", ou, muitas vezes, somente como "A Arte") é uma religião panteísta, politeísta e faz parte de um ressurgimento atual do paganismo, ou movimento neopagão, como muitos preferem chamar.

Bruxaria/feitiçaria, em inglês Witchcraft, é um termo derivado da palavra anglo-saxônica Wiccacraft, que significa "a arte dos sábios". Referia-se ao conhecimento superior possuído por certos indivíduos numa comunidade, conhecimento da natureza, da herbologia, das forças naturais que nos cercam, de certos aspectos da CURA e da medicina e da capacidade de contatar a divindade.

Assim, o WICCA não era uma força do mal, mas um sábio, a única pessoa na comunidade a quem se podia recorrer quando surgia algum problema religioso, médico, ou outro problema não material. Desde o começo dos tempos, o Xamã, ou sacerdote, era o sábio; e embora o cargo fosse de início atribuído a uma pessoa fisicamente deficiente que não podia caçar nem lutar, acabou por ser exclusivo de uma elite da comunidade e a pertencer aos seus estratos intelectuais mais elevados.

A BRUXARIA ocidental, uma tradição baseada, sobretudo nas crenças das comunidades anglo-saxônias (Ingleses, Germânicos), Greco-romanas e escandinavas, que data de milênios, ergue-se sobre três conceitos básicos:

(1) O culto a uma Deusa-Mãe e a um Deus Fertilizador, um princípio feminino e um masculino em total igualdade e que se complementam;
(2) A crença na reencarnação sem a conotação evolutiva, mas apenas no aspecto de continuação do ciclo de vida, morte e renascimento;
(3) O conhecimento e o uso da magia, significando esse termo não as mágicas de palco, mas a manipulação da lei natural de modo a trazer benefícios para o homem, utilizando melhor os recursos naturais, explorando os segredos do universo e descobrindo atalhos e remédios para melhorar a vida.

Esses são três aspectos cardeais da Wicca.

Os bruxos não acreditam no demônio, porque o demônio veio depois, sendo invenção da igreja política do século XIV, que precisava de um adversário tangível para combater, em vista da continuação da crença no PAGANISMO por quase todos os camponeses. A palavra "diabo" significa "estrangeiro" na língua cigana, mas para tornar esse adversário um anticristo, os chifres do deus grego Pã, o rosto de bode, mais os aspectos fogosos do Belzebu fenício contribuíram para a criação de uma força artificial do mal chamada diabo. Que essa invenção sem sentido tenha sobrevivido setecentos anos de iluminismo é surpreendente. Mas sobreviveu. E essa invenção foi e ainda é a causa da morte, loucura, e sofrimento de milhões de pessoas.

Os bruxos não têm familiares, isto é, animais a quem ordenam realizar o que desejam. Podem ter animais domésticos, pois a santidade de todas as formas de vida é parte da crença da Bruxaria. Os bruxos não lançam feitiços à toa, não atacam ninguém por um simples capricho, pelo contrário, normalmente auxiliam aqueles que precisam, pois sabem que cada ser no universo é parte deles. Desde os tempos antigos, as comunidades agrícolas e, conseqüentemente, seus ritos estavam relacionados com a procriação dos animais.

Seu rito de fertilidade, no qual os membros femininos da comunidade ou Coven dançavam ao redor do círculo sagrado montados em cabos de vassouras (símbolo da domesticidade), a fim de mostrar aos grãos até que altura deveriam crescer, transformou-se na fantasia da viagem pelo céu num cabo de VASSOURA . O companheiro simbólico da Deusa-Mãe, chamado de Deus Cornudo, transformou-se no demônio da igreja hostil, só porque o sumo sacerdote usa um elmo ornado de chifres durante as cerimônias.

A BRUXARIA não tem nada a ver com a Missa Negra. Está é invenção de pessoas que buscavam emoções proibidas no século XVI, tornando-se particularmente popular na Inglaterra no século XVIII. É simplesmente uma paródia de culto religioso que tenta profanar a religião católica romana invertendo tudo, do crucifixo às orações. Como os bruxos não se importam em nada com a existência de outras religiões, pelo contrário, apóiam e respeitam a diversidade religiosa, não haveria razão ou vontade de querer ridicularizá-los.

O satanismo ou culto do demônio também não tem a ver com a Bruxaria, salvo por ter tomado por empréstimo alguns ornamentos externos dos bruxos, pervertendo seu sentido ao fazê-lo. Enquanto os bruxos cultuam a vida e a santidade de todas as criaturas vivas, e proíbem toda forma de sacrifício humano ou animal, enquanto os bruxos acreditam em fazer aquilo que não faz mal a ninguém, os satanistas seguem uma linha de raciocínio oposta. O egoísmo, a cobiça, a luxúria e a plena satisfação dos desejos sensuais são não só permitidos como também encorajados, a destruição de criaturas mais fracas é santificada e o princípio do egoísmo louvado como forma saudável e construtiva de vida, sendo assim fica completamente óbvio que a BRUXARIA não possui absolutamente nada a ver com o Satanismo ou qualquer corrente religiosa com práticas destrutivas e desequilibradas.

Verdade sobre nós buxas

Nós não somos maus.
Nós não prejudicamos ou seduzimos pessoas.
Nós não somos perigosos.
Nós somos pessoas normais como você.
Nós temos famílias, empregos, esperanças e sonhos.
Nós não somos um culto.
Esta religião não é uma piada.
Nós não somos o que você acha que somos quando vê TV.
Nós somos reais.
Nós Rimos e Choramos.
Nós somos sérios, mas também temos senso de humor.
Você não precisa ter medo de nós.
Nós não queremos converter você.
E por favor não tente nos converter.
Apenas nos dê o mesmo direito que nós damos a você: Viver em Paz.
Nós somos muito mais similares a você do que você imagina.

13 metas da wicca

1. Conhecer a si mesmo.
2. Saber a sua arte.
3. Aprender e buscar conhecimento sempre.
4. Usar o que você aprendeu corretamente.
5. Manter o balanço (equilíbrio) de todas as coisas.
6. Manter suas palavras verdadeiras.
7. Manter seus pensamentos verdadeiros.
8. Celebrar a vida.
9. Alinhar você mesmo com os ciclos da TERRA .
10. Manter seu corpo saudável e forte.
11. Exercitar seu corpo, sua mente e seu espírito.
12. Meditar, relaxar e se controlar.
13. Honrar a Deusa e o Deus em todos os momentos.
- É um(a) bruxo(a) aquele que tem o poder de sua própria vida;
- É aquele(a) dita suas próprias regras;
- É aquele(a) que não se rende ante a abnegação;
- É aquele(a) que não conhece nenhuma pessoa com uma estima maior que a sua, e é sempre fiel a si e aos seus princípios;
- É aquele(a) que doma e nunca é domado(a);
- É aquele(a) que diz em voz alta sem medos ou receios: Sou um (a) Bruxo(a);
- É aquele(a) que transforma a energia que recebe em algo útil e prazeroso;
- É aquele(a) que se aproxima e se entrega a todos seus ideais, mas segundo estes vai mudando e se adaptando;
- Na realidade todos(as) aqueles(as) que encontraram seu lugar no mundo, respeitam a natureza, vivenciam seus ciclos, e celebram os antigos DEUSES são bruxos(as).

“SOMOS BRUXAS, LIVRES, AMADAS, HONRADAS, FILHAS, MÃES, ESPOSAS, SOMOS A DEUSA E O DEUS, SOMOS TUDO AQUILO QUE EXISTE E QUE HÁ DE EXISTIR, NÓS SOMOS E SEMPRE SEREMOS!”.

CERTAMENTE EXISTEM MUITAS VARIAÇÕES DE CRENÇAS E CONCEITOS ENTRE OS VÁRIOS RAMOS DA WICCA . EMBORA OS RITOS, SÍMBOLOS E COSTUMES POSSAM SER DIFERENTES, TODAS AS TRADIÇÕES APÓIAM-SE EM PONTOS COMUNS:
- Convicção na reencarnação sendo uma seqüência lógica do ciclo de vida, morte e renascimento, sem presença de karmas, e sem um intuito evolutivo, apenas com o objetivo de viver, já que viver é a razão de nossa existência.

- Crença nos aspectos femininos e masculinos do Divino;

- Respeito na mesma proporção não só a seres humanos, mas para a TERRA , animais e plantas;

- Observação da mudança das Estações do ano, com 8 Sabats Solares e entre 12 e 13 Esbats Lunares(21 ritos anuais);

- Repúdio ao proselitismo, pois pessoas só se tornam BRUXAS por escolha própria;

- Igualdade às mulheres e homens, pois ambos são essenciais e complementares;

- Realização dos Ritos no interior de um Círculo Mágico, pois o Círculo é um espaço sagrado usado para a adoração;

- Importância aos “3 Rs” : REDUZIR, REUTILIZAR , RECICLAR;

- O sentido de servidão a Terra;

- A estima por todas as Religiões e liberdade religiosa;

- O Repúdio por qualquer forma de preconceito;

- Consciência em relação à cidadania.
RESPOSTAS PARA AS DIVERSAS DETURPAÇÕES ATRIBUÍDAS À BRUXARIA
Bruxos não acreditam na existência e não honram a Deidade conhecida como Satã, Diabo ou Satanás;

- Bruxos não sacrificam animais ou humanos;

- Bruxos não usam fetos abortados em rituais;

- Bruxos não são contrários ao Deus Cristão, apenas acreditam e celebram outros aspectos divinos;

- Bruxos não odeiam os cristãos, a bíblia ou Jesus, nem são anticristãos, apenas não são cristãos;

- Bruxos não são sexualmente anti-convencionais, apenas não enxergam o sexo como pecado.

- Nos Sabats e Esbats não são utilizadas nenhuma droga ou são feitas orgias sexuais;

- Bruxos não praticam Magia Negra, esse termo sequer existe entre os bruxos, o que existe é Magia e esta é utilizada da melhor forma possível ao seu bem estar, sabendo que tudo de bom ou ruim que é feito retorna e devemos arcar com as conseqüências dos nossos atos.

- Bruxos não forçam ninguém a fazer algo que agrida o seu interior;

- Bruxos não estão tentando subverter o Cristianismo, até porque sua religiosidade é anterior a Cristo;

- Bruxos não profanam Igrejas, hóstias ou bíblias;

- Bruxos não fazem pacto com o Diabo;

- Bruxos não cometem crime de nenhuma espécie em nome de sua Religião.
O que é a iniciação?
Iniciação é o nome dado a um processo mágico-religioso que transforma o neófito em Sacerdote, ou seja, com a iniciação o dedicado que antes era um estudante agora passa a ser um sacerdote da Religião. A iniciação é também o momento em que o dedicado recebe um selo, um chave, para poder acessar a egrégora da tradição na qual foi inserido.
O que é preciso para alcançar a iniciação?
Para ser iniciado na WICCA é necessário que se estude com muito empenho a filosofia, a teologia e a liturgia desta Religião até alcançar um grau satisfatório de conhecimento, para tanto deve-se adquirir livros sérios feitos por sacerdotes da Religião, ler websites sobre o assunto, trocar idéias com outros estudantes e sacerdotes e quando possível receber treinamento em um coven.
Quando o adepto sentir que está pronto e alcançar resultados em suas práticas e interação religiosa para ser um(a) Wiccano(a) - aceitando todos os princípios e regras da WICCA – Ele vivenciará um período chamado ‘Dedicação’ que corresponde a preparação do corpo, da mente e do espírito para que se torne um sacerdote pleno após sua iniciação.
O que é e como funciona a Dedicação?
A dedicação é um período de aproximadamente 1 ano em que o neófito (estudante) dedica-se exaustivamente às práticas e celebrações da Religião como forma de amadurecer para alcançar o sacerdócio.
Neste período o dedicado celebra todos os Sabbaths, todos os Esbbaths, executa ritos e ritualísticas individuais, conclui exercícios para que ele alcance um bom controle energético, uma boa capacidade de meditação, de concentração e visualização. Além, é claro, do dedicado ampliar e fortalecer a sua interação com as divindades.
Existem dois caminhos para neófito seguir na atualidade: o Caminho Solitário – quando este não encontra COVENS em sua região ou não deseja praticar em grupo; e o Caminho Tradicional – Onde o neófito é aceito, treinado e pratica em um coven de uma tradição específica na qual ele se sentiu atraído.
Como receber a iniciação?
Assim como existem duas formas de seguir a WICCA – Solitariamente ou através de uma Tradição – existem também dois tipos de iniciação:
- auto-iniciação quando for solitário.
- Iniciação Formal investida por um Sacerdote experiente da tradição escolhida.
 A auto-iniciação corresponde a uma ritualística feita pelo solitário que já pratica e vivencia a WICCA há muitos anos e que deseja firmar um compromisso perante os DEUSES e a comunidade Wiccana em geral. O auto-iniciado não pertence a nenhuma tradição e não pode, de modo algum, iniciar alguém em uma tradição, pois, independente do estudo que tenha feito, ele em nenhum momento fez parte de uma tradição para querer ou poder responder por ela.
Sendo assim, um auto-iniciado é sacerdote de si e pode, no máximo, auxiliar outros solitários ou auto-iniciados a seguirem tal caminho com maior seriedade através da troca de conhecimentos.
Atenção: Nós, da Família Old Religion, compreendemos a grande polêmica por trás da aceitação da Auto-iniciação, porém, preferimos nos manter completamente neutros quanto a esse assunto. Sendo assim, disponibilizamos informações Neo-Wiccans e Wiccans tradicionais. Cabe ao estudante escolher seu caminho.
A iniciação formal é adquirida através da aceitação e convivência dentro de um coven de alguma tradição específica. Cada tradição, normalmente, possui pequenas diferenças para treinar e iniciar seus sacerdotes, tais diferenças estão presentes no tempo que demoram os estudos e a dedicação, nos mecanismo utilizados no RITUAL de iniciação e na hierarquia sacerdotal, onde alguns seguem hierarquias e outros não.
Um iniciado formal pode iniciar outra pessoa, porém somente na tradição da qual ele faz parte. É possível também a um sacerdote que alcançou o maior grau hierárquico de sua tradição, fundar - caso veja necessidade e lógica, uma nova tradição desde que esta esteja dentro de todos os padrões que a definem como uma tradição Wiccana.
Sacerdotes de tradições mais antigas, principalmente Gardnerianos, definem que a auto-iniciação não tem validade, devido a falta de transmissão de poder e linhagem, onde o neófito não vai receber o treinamento - oral e prático, correto para adquirir conhecimentos específicos da religião que não são divulgados em livros ou sites. Além de não possuírem os selos para acessarem e passarem pelos Guardiões.
Atenção: Este texto foi divulgado pela internet há algum tempo como sendo uma tradução do LIVRO DAS SOMBRAS utilizado por alguma tradição (neo)Wicca de cunho celta. Não se sabe a devida procedência do texto, mas acredita-se que seja uma cópia parcial de alguns ensinamentos que eram passados por pessoas vindas da tradição alexandrina.
 
Como já é de conhecimento amplo, os diversos povos Celtas passavam seus conhecimentos oralmente, logo, dificilmente esse texto possui alguma relação com esses antigos povos, como foi afirmado pela internet no passado. É visível também que o escritor desse texto relata maneiras de agir como se estivesse no período inquisitorial, portanto, leiam caso desejem, mas tenham cautela ao assimilar qualquer informação.
Att,
Dayne Anglius, Família Old Religion.
O Livro da Sabedoria
I - Esta é a Lei, antiga e aceita, tal como se prescreveu.
II - Ela foi feita para os adeptos, por guia, ajuda e conselho em todas as suas aflições.
III - Cumpre aos adeptos reverenciar os DEUSES e Deusas, obedecendo-lhes a tudo que for dito, na conformidade de seus mandamentos; eis que foram propostos para esses mesmos adeptos, e isto se fez por seu bem; assim como a reverência aos DEUSES e Deusas bem é de sua conveniência. Na verdade, os Deuses, assim como as Densas, amam os que se confraternizam e chama-se irmãos, nos círculos dos iniciados.
IV - Tal como um homem ama a sua mulher, não devem os adeptos ocupar o domínio dos DEUSES e Deusas, mas sim promovam amá-los através de atos e manifestações deste sentimento.
V - É necessário que o círculo dos adeptos, o qual templo é dos DEUSES e das Densas, seja levantado e purificado, pois assim lugar merecido será, onde estarão DEUSES e Deusas em presença.
VI - E os adeptos se prepararão, e estarão purificados, a fim de que possam ir à presença dos DEUSES e diante das Densas.
VII - E os adeptos elevarão forças com poder, desde seus corpos, para que, repletos, tornem o poder aos DEUSES e Densas, tanto com AMOR quanto reverência no íntimo de seus corações.
VIII - Tal como doutrina foi estabelecida, do passado; pois tão-somente assim é possível haver comunhão entre homens e Deuses; e entre Deusas e homens; visto que nem podem os Deuses, assim como as próprias Densas, estender seu auxílio aos homens, sem a mesma ajuda destes.
IX - E uma haverá a Suma Sacerdotisa, a qual regerá o círculo dos adeptos, como elo de ligação dos Deuses, assim como das Deusas.
X - E haverá um Sumo Sacerdote que a sustentará nos seus feitos, como representante dos Deuses, assim como das Densas
XI - E a Suma Sacerdotisa escolherá a quem bem queira, desde que baste em hierarquia, para que lhe dê assistência, na condição de Sumo Sacerdote.
XII - Atentando-se a que, tal como os próprios DEUSES lhe beijaram os pés, a Arádia (deusa suprema), e por cinco vezes a saudaram, depondo seus poderes aos pés das densas, em submissão - pois que eram elas juvenis e dotadas de toda beleza, e em si havia gentilezas como havia doçuras; sabedoria como justiça; humildade e generosidade.
XIII - Assim mesmo a ela confiaram todos os poderes divinos que eram de sua própria característica.
XIV - Eis que, porém, a Suma Sacerdotisa deve ter em espírito que todos os seus poderes emanam dos Deuses, e das Densas também.
XV - E os poderes lhe são cedidos tão-somente por uns tempos, para que deles usem; com sabedoria e bom-senso que assim os usem.
XVI - E, portanto, sempre que esta Sacerdotisa vier a ser julgada pelo Conselho dos que são adeptos, a ela caberá aceitar a renunciar o poder -de boa vontade - em favor de uma mulher que seja mais jovem.
XVII - Porque a Suma Sacerdotisa, quando legítima, há de reconhecer que uma de suas virtudes mais sublimes é ceder a honra de sua posição, em gesto de boa vontade, para aquela outra mulher que deve sucedê-la.
XVIII - E por compensação de seu ato, ela voltará a esta posição de Suma Sacerdotisa numa vida futura, com poder e suprema beleza, sempre aumentados, pois assim é a prescrição da Lei.
XIX - Ora, nos tempos antigos, quando a Lei entre os adeptos se estendia aos longes, vivíamos em gozo de liberdade; e nossos cultos e ritos tinham por local os mais nobres dos tempos.
XX - Mas correm agora dias infelizes, em que precisamos celebrar em secreto os nossos sagrados e santos mistérios.
XXI - E hoje que esta seja a Lei: que ninguém que não seja adepto possa estar presente a estes nossos mistérios; porque muitos são aqueles que não nos tem afeto; e a língua do homem na tortura se desata.
XXII - E hoje que esta seja a Lei: que nenhuns dos locais de nossos círculos de adeptos sejam conhecidos por aqueles que não possuem contato conosco ou que por ali estejam.
XXIII - E nem saibam quem são nossos membros, com exceção apenas do Sumo Sacerdote e da Suma Sacerdotisa, bem como aquele que conduza as mensagens nas anunciações.
XXIV - E não se estabelecerá relação entre um e outro círculo de adeptos; salvo por mediação daquele que faz a anunciação dos Deuses, ou leva a palavra das convocações dos círculos.
XXV - E quando tudo esteja muito a salvo, é dito aos círculos dos adeptos que se encontrem em lugar determinado, em segurança, para celebração das grandes festas.
XXVI - E enquanto ali se acharem, nenhum dos presentes dirá de onde veio, nem seus nomes reais se farão conhecidos.
XXVII - E isto é para que, se algum deles for torturado ou interrogado, não possa, em sua agonia, dizer o que lhe mandam, pois não o sabe.
XXVIII - E fique este mandamento: que nenhum irmão ou irmã diga a um estranho à Lei, quem são os adeptos; que não declare nomes; nem contará onde se reúnem; nem por qualquer forma ou maneira, trairá algum de nós aos que nos perseguem para a morte.
XXIX - Nem se dirá onde fica o lugar do Grande Conselho dos Adeptos.
XXX - Nem tampouco, a Sua Própria Sede, onde se encontram os seus companheiros Circulo, em particular.
XXXI - Nem onde serão os encontros do Círculo que fazes parte.
XXXII - E se alguém infringir as Leis, ainda que na sua agonia dos suplícios, sobre sua cabeça desabará a maldição da Grande Deusa, de tal modo que nem venha a renascer nestes elementos conhecidos por nós, e que sua permanência eterna seja no inferno dos que se dizem cristãos.
XXXIII - E que, cada uma dentre as Sumas Sacerdotisas presida sobre seu próprio Círculo, distribuindo AMOR e justiça, com ajuda e conselho do Sumo Sacerdote, e dos mais antigos, dando ouvido em constantes ocasiões, ao que traz a mensagem dos DEUSES , nas anunciações que ocorrerem.
XXXIV - E ela dará ainda mais ouvidos às observações dos que se dizem irmãos; e todas as disputas e diferenças que haja entre eles sejam de sua responsabilidade.
XXXV - Entretanto, força é reconhecer que haverá em todos os tempos, adeptos discutindo com rivalidade para forçar suas decisões e vontade a outros.
XXXVI - Não que isso em si seja mau.
XXXVII - Porque muitas vezes, se expressam boas idéias; e as que sejam boas devem ser discutidas em Conselho.
XXXVIII - Mas havendo divergência ou incoerência quanto às idéias, no confronto dos irmãos e irmãs, ou se for dito:
XXXIX - “Não aceitarei as ordens da Suma Sacerdotisa”,
XL - É bom que se saiba: a Lei antiga sempre foi da conveniência dos adeptos unidos, e assim se evitarão disputas.
XLI - E quem discordar terá o direito de estabelecer um novo círculo de adeptos; e isso também é necessário quando um de seus membros precisar afastar-se, indo morar em local distante das Sedes, ou quando as vinculações ficarem perdidas entre o Círculo e esse adepto em particular.
XLII - E qualquer um que tenha sua moradia perto das Sedes dos Círculos dos adeptos, mas se mostre desejoso de estabelecer novo Círculo, assim o dirá aos mais antigos, declarando-lhes sua intenção. E dito isto, poderá afastar-se na mesma hora, e buscar outro lugar distante.
XLIII - Ainda assim, os que sejam membros de um Círculo antigo poderão mudar-se para o novo. Mas se o fizerem, e necessário removerem-se para sempre, do local do Círculo antigo, do qual faziam parte.
XLIV - Os mais antigos, do novo e do velho Círculo, porém, decidirão em entendimento mútuo, e com AMOR fraterno, sobre os novos rumos em que devem se firmar, na separação dos dois Círculos de adeptos da Lei.
XLV - E os praticantes da Arte que tenham suas moradias em local distante dessas ambas Sedes, fora de seus limites, poderão pertencer a um ou outro destes, e não aos dois no mesmo tempo.
XLVI - Entretanto todos poderão sob permissão dos mais antigos, comparecer aos festivais solenes, desde que haja paz e fraternal afeto entre os presentes.
XLVII - Mas quem leva a desavença ao seio dos Círculos dos adeptos é réu de punição severa, e para tanto se fizeram às velhas leis: assim, que a maldição da Suprema Deusa lhe desabe sobre a cabeça, a toda Lei que desconsiderar. E tal é o mandamento.
XLVIII -  E se tu tiveres contigo um Livro Das Sombras, que este seja escrito por tua letra e de teu punho. Mas se qualquer dos irmãos ou das irmãs, for desejoso de ter uma cópia, assim será por certo; mas não deixes nunca que tal livro te saia das mãos; e nem tragas contigo, nem tenhas sob tua guarda aquilo que outra pessoa escreveu e que o seja de letra e punho deste.
XLIX - Eis que se tal livro for encontrado com outra pessoa, e seja de tua letra, esta pessoa poderá ser levada a julgamento.
L - E que cada um tenha consigo o que seja de sua mesma ESCRITA e próprio punho, destruindo o que deva ser destruído, toda vez que estiver sob ameaça e risco maior.
LI - E que o que aprenderes seja perfeitamente sabido; mas, passado o perigo e afastados os riscos, escreverás em teu Livro, quando houver segurança; e o que antes tiveres escrito e destruído, nessas ocasiões o reescreverás.
LII - E se for sabido que algum dos adeptos morreu, será dever a destruição deste seu Livro Das Sombras, e de semelhantes, para que não caia em mãos erradas, entre profanos.
LIII - Prova constituirá, certamente, contra aquele profano que tiver o Livro de um dos irmãos da Arte, pois não é filho da Lei.
LIV -  E contra também aos profanos que nos oprimem e dizem:
“Ninguém é bruxo e está sozinho”.
LV - Portanto todos os teus parentes e amigos podem se encontrar sob risco de torturas e investigações,
LVI - E isto é a razão porque tudo o que se escreveu deve ser destruído.
LVII - Mas se teu LIVRO DAS SOMBRAS for achado contigo, isto se demonstrará contra ti e somente tu serás citado às cortes profanas.
LVIII - Guarda em teu coração aquilo que se sabe da Arte.
LIX - E se o suplício for tamanho que não possas suportar, então dirás:
“Confessarei porque não sou capaz de resistir a estes tratos”.
LX - Mas que pretendes dizer?
LXI -  E se tentarem fazer com que fales sobre teus companheiros, não o faças.
LXII - Mas se tentarem fazer com que fales de coisas impossíveis, das que não são usuais entre bruxos, tal como voar com cabos de vassouras; ter pactos com demônios, desses em que crêem os cristãos; sacrifícios de crianças,
LXIII - Sacrifício de Virgens e inocentes; ou insinuações de canibalismo; poluição e profanação de hóstias; missas negras que se rezam nos ventres das mulheres devassas; poços de urina onde se profanam as coisas santas; ungüentos de invisibilidade; secar os leites das vacas; fazer cair granizo; moverem-se objetos pesados; danças em sabaths presididas por Satanás, que recebe no ânus o beijo dito infame; se por fim, indagarem destas coisas,
LXIV - Dirás para que tenhas alívio dos padecimentos que te inflijam:
“Sim! Acho que tive pesadelos; ou meu espírito foi arrancado; ou me parece que tive um momento de insanidade e loucura
LXV - Na verdade algumas autoridades têm compaixão; e se houver pretexto, poderão até agir com misericórdia. Cautela com frades e fanáticos.
LXVI - Se disseres algo, porém, que te comprometa, ou a outros companheiros, não te esqueças de negá-lo depois, desmentindo tudo, para afirmar - durante os maus-tratos - que nem saibas do que falavas.
LXVII -  E se te condenarem, não tenhas cuidado.
LXVIII - É que teus irmãos, dos Círculos dos adeptos, são gente de poder e te ajudarão a fugir, desde que não percas a firmeza nem desates a língua. Se contudo, te traíres, ou aos demais, já não te restará esperança de salvação, nem nesta vida nem na futura.
LXIX - Não te inquietes: se em tua firmeza te conduzirem à fogueira do suplício - para o desfrute dos cristãos e de seus demônios -, teus irmãos te ministrarão drogas suavizantes, e te haverá CONFORTO , e nem sofrerás dores. Para a morte partirás tranqüilo, e para o consolo do além, que éo êxtase nos braços da Deusa Suprema.
LXX - E teu gozo não será o da CARNE, mas sim do ESPIRITO, que éna sua purificação, e elevação, que os adeptos se dedicam as suas obras.
LXXI - Mas para evitar que sejas descoberto, teus instrumentos de Arte serão bem simples, como os que são encontrados nas casas comuns dos profanos; e entre eles não se dirá nada.
LXXII - É bom que os pentáculos sejam feitos de cera, de modo que logo se rompam, e mais rápido sejam derretidos, como qualquer obra artesanal.
LXXIII - Em tua casa não terás armas, nem espada, a menos que as permita tua hierarquia no Círculo.
LXXIV - Em tua casa não gravarás símbolos, nem sinais, nem nomes que soem estranhamente. Nem em nada os escreverás.
LXXV - Quando for necessário seu uso, então escreverás com tinta, o que tiveres de traças e ESCREVER , no momento das consagrações; e passadas estas, com a obra terminada, tu apagarás tudo tão logo não seja necessário continuar escrito.
LXXVI - Nos punhos das armas quando te forem permitidas, mostrarás quem és entre os adeptos, mas não o saberão os PROFANOS, nem os que te perseguem.
LXXVII - Nelas não farás gravuras, nem inscrições, para que pelos símbolos não conheçam tua condição, que assim serias traído.
LXXVIII - Não te esqueças nunca que és um dos filhos secretos da Deusa Suprema; assim não desgraçarás a ti, nem a teus irmãos, nem a entidade divina.
LXXIX - Seja modesto; Não uses de AMEAÇAS; não digas jamais que desejarias a PERDA ALHEIA, ou que te seria possível CAUSAR DANO a alguém.
LXXX - E se por acaso alguém que não seja do Círculo dos adeptos, se referir à Arte, lhe dirás: “Não me fales dessas coisas, que elas me apavoram”.
LXXXI - E o motivo para que assim procedas é que os que se declaram cristãos costumam por espiões por toda parte. Eles se gostam da perda e danos alheios, e pretextam e protestam afeto. E muitos são fingidos por sentir afinidade com a Arte e desejar reverenciar os DEUSES antigos.
LXXXII - Muitas vezes os propósitos cristãos são maus. Aos tais se negue sempre o conhecimento das verdades ocultas.
LXXXIII - A outros interessados na Arte porém se dirá: “Falem aos homens que feiticeiras e bruxos que voam pelos ares cavalgando vassouras é pura estupidez. E para que isto fosse possível, haveriam de ter pelo menos a leveza dos flocos que a brisa sobre das árvores. E se diz que BRUXAS e bruxos são feios e vesgos; sempre velhos e feios. Que prazer terá alguém em estar nas suas assembléias ou sabaths, segundo o personagem criado que estes profanos dizem existir?”
LXXXIV - E acrescente: “Os homens de bom senso sabem que tais criaturas não existem de verdade”.
LXXXV - Procura sempre ter como passageiras estas tais coisas; que algum dia hão de acabar as perseguições e a intolerância, quando voltaremos em segurança, a reverenciar os DEUSES do passado.
LXXXVI - Oremos para que venham dias mais felizes.
LXXXVII - Que as bênçãos da Suprema Deusa e dos DEUSES sejam com todos aqueles que respeitam estas Leis e obedecem aos mandamentos.
LXXXVIII - E se por acaso há alguma propriedade característica da Arte, seja ela mantida, cooperando todos a preservá-la em sua simplicidade e pureza, para bem de cada um dos adeptos.
LXXXIX - E se algum dinheiro ou valor do bem comum for confiado a qualquer um dos adeptos, que ele cuide de agir honestamente.
XC - E se algum dos irmãos do Círculo realizar de fato alguma tarefa, é justo que lhe dêem uma recompensa; porque não se trata aqui de receber pagamentos por obra da Arte, mas sim por recompensa de trabalho honrado.
XCI - Isto o permite a Lei, com boa-fé. E mesmo os que se dizem cristãos falam assim: “O jornaleiro é digno de seu salário”, e tais palavras estão em suas Escrituras. Entretanto, se algum dos irmãos quiser trabalhar, em algum serviço para o bem da Arte, e por AMOR que lhe tem, sem receber qualquer recompensa, a ele e a todos do Círculo lhes recaíram grande Honra. A Lei o permite, e o mais que se ordenou.
XCII - E havendo alguma disputa ou discussão entre os adeptos, rapidamente a Suma Sacerdotisa reunirá os mais antigos, ouvindo-se todos os fatos e partes, cada um por sua vez e ao final em conjunto.
XCIII - A seu tempo se decidirá com justiça, sem que o sem razão seja favorecido.
XCIV - Sempre se reconheceu existirem aqueles que não concordam em trabalhar sob ordens dos outros.
XCV - Mas ao mesmo tempo foi reconhecido que existem os que são incapazes de julgar com justiça, ou dirigir com boa-fé.
XCVI - E quanto aos que são incapazes de obedecer, mas só cismam de mandar e dirigir, eis o que se lhes dirá:
XCVII - “Não fiquem neste Círculo, ou estejam em outro, ou ainda saiam a organizar seu próprio Círculo, ou nele mandem, levando consigo os que os acompanhem
XC VIII - E os que forem inconciliáveis, estes se retirem.
XCIX - Eis que ninguém pode estar num mesmo círculo em que se apresentem aqueles com os quais não estejam em harmonia.
C - Os que discordem de seus irmãos não podem conviver com eles na prática da Arte, mas esta há de permanecer com a ausência dos mesmo, que tal é o nosso mandamento.
CI - Nos tempos antigos, quando éramos poderosos, nada impedia que usássemos da Arte contra todo que atentasse contra nossos irmãos e irmãs. Nestes dias, porém, quando impera o mal, não devemos agir desta sorte. Eis que nossos desafetos inventaram uma abismo onde arde o foto eterno, no qual, a seu dizer, seu próprio deus lança todos aqueles que o adoram, salvo uns muitos poucos eleitos, que são salvos por mediação de sacerdotes, por míeío de práticas, ritos, missas e sacramentos. E nisto tem muito peso o dinheiro, quando dado em abundância; e os favores dessa lei se pagam alto e caro, em ricas doações, porque a sua igreja é sempre sedenta e faminta de bens palpáveis.
CII - Nossos DEUSES , porém, nada exigem, nada pedem, requerendo, ao invés, nosso auxílio, para que sejam abundantes as colheitas, e entre os homens e as mulheres haja fertilidade, e nada lhes falte; visto que manipulam o poder que levantamos na grande obra dos Círculos dos adeptos; e como os ajudamos, na mesma medida somos ajudados.
CIII - A igreja, contudo, dos que se dizem cristãos, carece da ajuda dos seus; para que a utilize, não para algum bem, mas para nosso mal; para descobrir-nos, perseguir-nos, destruir-nos; E suas ação não tem fim. E seus sacerdotes ousam afirmar-lhes que os que buscam nosso auxilio serão prejudicados eternamente no FOGO do inferno. E isto de causar temor é que induz à loucura.
CIV - Tais sacerdotes acenam-lhes com uma oportunidade de salvação, fazendo-os crer que, alimentando-nos, escaparão eles a seu próprio inferno, como o chamam. Eis porque vivem todos os que se dizem dessa lei a espionar-nos, pensando em seu coração: “Basta-me apanhar um só desses bruxos, ou uma só dessas feiticeiras, para que me furte ao abismo do FOGO eterno”.
CV - Assim, pois temos de nos refugiar em abrigo ocultas; e os que nos buscam, e não nos acham, usam dizer: “Já não os há; ou se algum existe, seu lugar não é aqui, ou bem remoto”.
CVI - Porém, quando vem a perecer algum dos que nos oprimem, seja por qualquer meio de morte ou até doenças; ou mesmo adoece, logo dizem: “Ora, trata-se de malícia dos tais bruxos”. Com isto tornam à caçada. E ainda quando matem dez ou mais dos legítimos por um só verdadeiro dos nossos, isto não nos preocupa. É que seu número se conta em muitos milhares.
CVII - Mas nós sabemos o quão poucos somos, e nossa Lei é nos rege.

CVIII - Por isto mesmo nenhum dos nossos recorrerá à Arte por VINGANÇA, nem para CAUSAR DANO a ninguém.
CIX - E por mais que nos maltratem, injuriem e ameacem, a nenhum se causará MAL. E nos dias que correm, inúmeros são os que descrêem em nossa existência. E isto é bom.
CX - Assim, portanto, estaremos sempre ajudados desta Lei, em nossas dificuldades; mas ninguém dos nossos - por maiores injustiças que possa vir a receber, usará os poderes em punição dos culpados, nem causará qualquer dano. Os adeptos poderão após consulta entre seus irmãos da Arte, recorrer a esta, conforme for determinado, para resguardo contra perseguições movidas pela igreja que nos injuria, não, porém, para levar castigo aos dessa que o mereçam.
CXI - Em tal fito, o injuriado assim dirá: “Eis que surge um perseguidor combatente, e investiga nossas ações, indo em perseguição de pobres anciãs, das que estão à vontade na Arte, ou disto suspeita; ninguém entretanto lhe fez mal por esta causa, e isto mostra realmente que elas não poderiam em nada ser feiticeiras, por não praticarem malícias; ou então, na verdade não existem, ou já não existem bruxos ou BRUXAS .
CXII - É fato notório que muitos têm sido mortos, porque alguém lhes tinha algum ressentimento; ou então foram perseguidos por se saber que possuíam dinheiro, ou outra forma de bens passíveis de seqüestro, e nem se contavam entre os adeptos; ou ainda, não dispunham de meios para subornar os agentes da perseguição. E muitas, ainda foram mortas por serem velhas rabugentas ou resmungonas. Na verdade se diz entre os que nos perseguem, que somente as velhas costumam ser BRUXAS .
CXIII - E isto coopera para nossa vantagem e proveito, desviando-se de nós a suspeita do que somos.
CXIV - Graças ao sigilo, muito tempo é passado, na Escócia, como em
Gales e na Inglaterra, sem que se tenha punido de morte algum adepto.
Entretanto, qualquer abuso de nossos poderes tornaria a causar as
perseguições obsessivas.
CXV - Dizemos aos nossos irmãos que não infrinjam a Lei, por maior que lhes seja a tentação de fazê-lo; e jamais permitam que haja infrações destas, a mínima que seja.
CXVI - E se alguns dos nossos vier a saber que se infringiu a Lei, breve será a sua reação contra esse risco.
CXVII - E qualquer Suma Sacerdotisa ou Sumo Sacerdote que possa concordar com essas infrações, é réu de culpa, e a retirada de seu posto será seu castigo; visto que seu consentimento implica risco de que o sangue de nossos irmãos seja derramado, e algum deles seja levado à morte pelos eclesiásticos da igreja que nos persegue.
CXVIII - Mas que se faça o bem, e com determinação e em segurança. CIX - Todos os membros dos nossos Círculos se mantenham no respeito da Lei, venerável e antiga.
CXX - E que nenhum dos nossos aceite, NUNCA, algum pagamento por serviços da Arte, pois o dinheiro é como mancha que marca aquele que o recebe. Na verdade é coisa muito sabida que somente os MALÉFICOS
- que praticam a Arte Negra, e conjuram os mortos - e os sacerdotes da igreja aceitem dinheiro pelo que fazem; e nada fazem sem que lhes haja bom pagamento. E vendem, ainda mesmo, o perdão das almas, para que os maus se furtem à punição dos pecados.
CXXI - Que nossos irmãos não sejam destes ou como eles. Se um dos adeptos aceitar dinheiro, ficará exposto às conseqüências por usar a Arte para a causa do mal. Mas se não o fizer, assim não será, certamente.
CXXII - Todos contudo podem utilizar a Arte em seu proveito e bem próprio, ou para a glória e bem da Arte, desde que haja certeza de que
NÃO CAUSAR MAL A NINGUÉM.
CXXIII - Que todas estas coisas antes, entretanto, sejam conselho entre os adeptos, em seu próprio Círculo. E as resoluções serão prudentes e
meditadas. Somente se usará a força da Arte havendo o acordo mútuo de opiniões de que ninguém sofrerá, ou de que não sobrevirá o mal.
CXXIV - Mas quando não houver maneira possível de se conseguir o pretendido segundo se determinou, será talvez possível que os mesmos fins sejam alcançados de outros modos, sem que haja dano, nem aos nossos, nem aos profanos. E que a maldição da Deusa Suprema seja sobre a cabeça de todo aquele que infringir esta nossa Lei. Este é o mandamento.
CXXV - E entre nos se considera justo e legal que, caso um dos adeptos possa estar precisando de casa ou moradia, ou terras, e ninguém queira vender-lhe, podem os adeptos usar a Arte para inclinar os corações e disposição de quem as possua, desde que não haja prejuízo sob qualquer forma, pagando-se sem maiores discussões o preço justo que for exigido.
CXXVI - Que nenhum dos nossos menospreze os valores que pretenda adquirir, nem venha a discutir, se comprando algo por persuasão da Arte. Este é o mandamento.
CXXVII - É velha lei, e a mais importante das nossas, que ninguém dentre os adeptos da WICCA venha a fazer coisa alguma a qual possa implicar PERIGO a seus irmãos na Arte; ou outro ato que os coloque ao alcance da lei comum da TERRA , ou à mercê de quaisquer perseguidores, civis ou eclesiásticos.
CXXVIII - E passada a rivalidade, o que é lamentável, entre os irmãos, nenhum deles pode invocar alguma lei senão aquelas da Arte.
CXXIX - Ou nenhuma jurisdição ou tribunal, salvo o da Sacerdotisa ou do Sacerdote, de seu Círculo, e também dos mais antigos entre os adeptos.
CXXX - E não se proíbe aos adeptos dizerem, como o fazem os da igreja:
“Há feitiços nesta terra”, visto que os nossos opressores de longe e há muito tempo, nos vêem como heréticos, por mostrar-nos descrentes às suas doutrinas.
CXXXI - Mas seja o vosso falar: “Ignoro que haja aqui algum bruxo; mas é fato que talvez isto seja verdade em lugares mais distantes; mas onde, não sei”.
CXXXII - Mas se deve falar deles, os bruxos e feiticeiras, como sendo uns velhos rabugentos, que têm pactos com os demônios dos cristãos, e se movem pelo AR em vassouras.
CXXXIII - E que se acrescente em todas essas ocasiões: “Entretanto, como lhes será possível moverem-se pelo ar, quando não se dão conta da leveza das penugens das plantas?”.
CXXXIV - Mas que a maldição da Suprema Deusa caia sobre todo o que lançar suspeitas sobre qualquer um de nossos irmãos.
CXXXV - E que assim seja, igualmente, com os que se referirem a um dos locais do encontro, e seja isto verdadeiro; ou onde morem os adeptos, e seja isto verdadeiro.
CXXXVI - E devem os Círculos da Arte manter livros com registro das plantas benéficas e todos os meios de CURA , de forma que os adeptos possam aprendê-los.
CXXXVII - E que haja outro livro, para informações, inclusive dos auges astrais; e que somente os mais antigos e outras pessoas dignas de muita fé tenham conhecimento destas informações. Este é o mandamento.
CXXXVIII - E que as bênçãos dos DEUSES e Deusas se cumulem sobre todos quantos guardarem ditas leis; e que a maldição dos DEUSES e Deusas seja sobre a cabeça dos que porventura as venham a infringir.
CXXXIX - E seja lembrado ser a Arte sigilo dos DEUSES e Deusas; sendo pois, usada em ocasiões graves; nunca por mera mostra de poder e de forma imprudente.
CXL - Os adeptos da magia negra e os que seguem os dizeres da igreja poderão importunar-vos, dizendo “Eis que não tens poder nenhum; mostra-nos se és capaz de algo. Faça uma magia diante de nós, que acreditaremos.”; mas, porém, pretendem que um dos nossos venha a trair a Arte perante seus olhos.
CXLI - Não daremos ouvidos a estes, pois a arte é sagrada, e aplica-se somente quando necessário. Sobre os infratores desta Lei, recairão as maldições da Suprema Deusa.
CXLII - Sempre foi de costume dos homens assim com das mulheres que buscassem novos amores; e isto não é causa de que sejam reprovados, assim como não é de louvação.
CXLIII - Mas esta prática pode constituir prejuízo à Arte.
CXLIV - E assim, pode ser que a Suma Sacerdotisa ou o Sumo
Sacerdote, por motivo de AMOR , siga os passos de quem lhe interessar.
Com isto ele ou ela deixará o Círculo que é de sua responsabilidade.
CXLV - E se alguma das Sumas Sacerdotisas desejar seu posto e estado por este AMOR , que o faça anunciando-o perante o Conselho.
CXLVI - Com tal renúncia, sua desistência tem valor entre todos os adeptos.
CXLVII - E se alguém de posição sacerdotal parte sem dizer de suas intenções, e sem renunciar, como se saberá passado algum tempo se retornará ao Círculo?
CXLVIII - Por estas causas se estabeleceu Lei, pela qual, se a Suma Sacerdotisa deixa o círculo de seus adeptos, sem renúncia, lhe é opcional o retorno, e tudo estará como era antes.
CXLIX - E enquanto estiver ausente, se há alguém que lhe preencha as funções, esta outra assim procederá, até que a Sacerdotisa regresse, ou enquanto esteja ausente.
CL - Mas se ela não voltar no tempo de um ano e mais um dia, ilegítimo ao Círculo dos adeptos, compactuados entre si, escolher por eleição uma nova Sacerdotisa.
CLI - Isto não se passa quando há justo e bom motivo para tanto.
CLII - Aquela que lhe fez o oficio colherá benefícios e será recompensada pelo seu trabalho, como assistente e substituta da Suma Sacerdotisa.
CLIII - Tem sido verificado que a prática da Arte estabelece vínculos de afeto entre os aspirantes e mestres; e quanto maior o afeto, tanto melhor será.
CLIV - Se entretanto por alguma causa isto for inconveniente, ou indesejável, isto se evitará facilmente, decidindo quem aprende e quem
ensina, desde o princípio, mantendo-se nas relações que vinculam irmãos e irmãs, ou pais e filhos, sem qualquer relação carnal.
CLV - O aspirante a adepto do Círculo da arte só pode ser instruído por mulher; e a postulante somente por homem; e eis que duas mulheres, ou mais, não devem praticar entre si, visto que a força vem de um sexo para outro; e igualmente dois homens ou mais não devem praticar a arte entre si - o que se opõe à Lei - e nisto vai abominação; e já dissemos a causa.
CLVI - É necessário que haja ordem e que a disciplina seja constante.
CLVII - À Suma Sacerdotisa ou ao Sumo Sacerdote é que cabe dar castigo aos que caem em falta e isto é seu direito.
CLVIII - Portanto, todos os do Círculo dos adeptos devem receber de boa-fé o castigo que mereçam; quando o mereçam.
CLIX - E assim, tomadas todas as providências cabíveis, deve o culpado postar-se de joelhos confessando falta para ouvir a sentença.
CLX - Mas ao amargo deve suceder o doce; e ao desagradável o ameno; após o castigo convém que haja alegria.
CLXI - O réu confesso reconhecerá que se fez justiça, como convinha, aceitando o castigo, e beijará a mão da Suma Sacerdotisa ao passar-lhe a sentença condenatória. E, além de tanto, agradecerá ainda que tenha sido castigado, pois isto sucede por seu bem e edificação. Esta é a Lei e seu mandamento.
CLXII - Por nossa prescrição final: que todos os adeptos guardem a Lei, segundo aqui foi ESCRITA , e os mandamentos e ordenações da Arte essencial, venerável e antiga. Em suas mentes e corações guardem a Lei. Mas, em risco de morte, seu livro deve ser destruído, para que nada se prove, e nem haja risco maior a seus irmãos; nem venha ninguém a condenar-se por seu compromisso. Com isto se preservará em todas as condições e sob quaisquer circunstâncias, a tradição e o ensinamento da Deusa Suprema, conforme o Legado Antigo.
O credo das Bruxas
 
Ouça agora a palavra das Bruxas, 
os segredos que na noite escondemos,
Quando a obscuridade era caminho e destino,
e que agora à luz nós trazemos.
Conhecendo a essência profunda,
dos mistérios da Água e do FOGO ,
E da TERRA e do AR que circunda,
manteve silêncio o nosso povo.
No eterno renascimento da Natureza,
à passagem do Inverno e da Primavera,
Compartilhamos com o Universo da vida,
que num Círculo Mágico se alegra.
Quatro vezes por ano somos vistas,
no retorno dos grandes Sabás,
No antigo Halloween e em Beltane, 
ou dançando em Imbolc e Lammas.
Dia e noite em tempo iguais vão estar, 
ou o Sol bem mais perto ou longe de nós, 
Quando, mais uma vez, BRUXAS a festejar, 
Ostara, Mabon, Litha ou Yule saudar.
Treze Luas de prata cada ano tem, 
e treze são os COVENS também, 
Treze vezes dançar nos Esbás com alegria,
para saudar a cada precioso ano e dia.
De um século a outro persiste o poder,
Que através das eras tem sido levado,
Transmitido sempre entre homem e mulher,
desde o princípio de todo o passado.
Quando o círculo mágico for desenhado,
do poder conferido a algum instrumento,
Seu compasso será a união entre os mundos,
na TERRA das sombras daquele momento.
O mundo comum não deve saber, 
e o mundo do além também não dirá,
Que o maior dos DEUSES se faz conhecer, 
e a grande Magia ali se realizará.
Na Natureza, são dois os poderes, 
com formas e forças sagradas,
Nesse templo, são dos os pilares,
que protegem e guardam a entrada.
E fazer o que queres, será o desafio,
como amar a um AMOR que a ninguém vá magoar.
Essa única regra seguimos a fio,
para a Magia dos antigos se manifestar.
Oito palavras o credo das BRUXAS enseja:
sem prejudicar a ninguém, faça o que você deseja!
Falar em origem da BRUXARIA é o mesmo que retornar aos primórdios da Humanidade, quando os seres humanos começaram a despertar sua percepção para os mistérios da vida e da natureza. Segundo os estudiosos da pré-história, a primeira demonstração de arte devocional foram as MADONAS NEGRAS, encontradas em cavernas do período Neolítico.

Portanto, as Deusas da Fertilidade foram os primeiros objetos de adoração dos povos primitivos. Da mesma forma que nossos antepassados se maravilharam ao ver a mulher dando a Luz a uma criança, todo o Universo deveria ter sido criado por uma GRANDE MÃE.

Entre os povos que dependiam da caça, surgiu o culto ao Deus dos Animais e da Fertilidade, também conhecido como Deus de Chifres ou Cornífero. Os chifres sempre representaram à fertilidade, coragem e todos os atributos positivos da energia masculina, representando também a ligação com as energias cósmicas. Hoje a figura do Deus Cornífero é bastante problemática, pois, com o advento do Cristianismo, ele foi usado para personificar a figura do Diabo, entidade criada pelas religiões judaico-cristãs. O Diabo não é reconhecido e muito menos cultuado pelas Bruxas. Como essa religiosidade já existia muitos anos antes do Cristianismo, não temos nada a ver com o Diabo e os Satanistas.

Quando os Celtas invadiram a Europa, quase mil anos antes de Cristo, trouxeram suas próprias crenças, que, ao se misturarem às crenças da população local, originaram o sistema que deu nascimento as bases da Wicca. Com a rápida expansão desse povo, muitos resquícios de suas práticas foram levados para regiões onde se encontram Portugal, Espanha e Turquia, essas práticas receberam influências de outros povos e acabaram criando os sistemas mágickos da Europa medieval. Embora a WICCA tenha se firmado em alguns conceitos e práticas Celtas, como é o caso dos Sabbaths é importante lembrar que a BRUXARIA é anterior a eles e que a WICCA não é uma religião celta, ela apenas absorveu alguns costumes desse povo. Como esse povo foi a principal inspiração para Gardner e foi também um povo que manteve suas tradições durante séculos até serem destruídos pelos povos invasores e pelos inquisidores, é importante que conheçamos, pelo menos, o rudimento de seu pensamento e cultura.

O Panteão Celta, ou seja, o conjunto de DEUSES e Deusas dessa cultura é hoje o mais utilizado nos RITUAIS da Wicca, embora possamos trabalhar com qualquer Panteão, desde que conheçamos o simbolismo correto, e não misturemos os Panteões num mesmo RITUAL .

A sociedade Celta era Matrifocal, isto é, a mulher possuía um papel de destaque tanto junto à família quanto em relação a sua tribo. Homens e mulheres tinham os mesmo direitos, sendo a mulher respeitada como Sacerdotisa, mãe, esposa e guerreira, participando das lutas ao lado dos homens. O culto da Grande Mãe e do Deus Cornífero predominaram nas regiões da Europa dominadas pelos Celtas, até a chegada dos Romanos, que praticamente dizimaram as tribos Celtas, que nessa época já estavam sofrendo com um pouco da influência do patriarcado.

Porém, em muitos lugares, a religião matriarcal de culto aos DEUSES continuou a ser praticada, não só pelos poucos celtas sobreviventes, mas também por aqueles que de alguma forma possuíam contato com as antigas religiosidades dos Gregos, Egípcios, Nórdicos, pois havia certa tolerância por parte dos romanos, chegando certos ramos da BRUXARIA a incorporar elementos do Panteão greco-romano, especialmente na BRUXARIA Italiana.

Foi somente na Idade Média que a BRUXARIA foi relegada às sombras com o domínio da Igreja Católica e a criação da Inquisição, cujo objetivo era eliminar de vez as antigas crenças, que eram uma ameaça a um clero muito mais preocupado em acumular bens e riquezas do que a propagar a verdadeira mensagem de Jesus. Se fôssemos descrever essa época infame, em que milhões de pessoas, em sua maioria mulheres, foram perseguidas, torturadas e assassinadas pela Inquisição, com certeza, escreveríamos um livro com milhares de páginas, mas este não é o nosso objetivo.

Muitas das vítimas da Inquisição não eram BRUXAS , e sim, pessoas com problemas de saúde, doenças mentais, deficiências físicas ou somente o alvo da suspeita e inveja do povo. Também era comum se acusar pessoas para tomar seus bens, pois esses eram divididos entre os inquisidores. Durante o tempo das fogueiras, o medo fez com que muitas de nós permanecêssemos no anonimato para resguardarmos nossas vidas e nossas famílias. Muitos dos conhecimentos passaram a ser transmitidos oralmente, por medida de segurança, e, assim, muito se perdeu.

Por isso, não é correto dizer que a BRUXARIA de hoje é a mesma de séculos atrás. No presente, um grupo de pessoas abnegadas e corajosas está redescobrindo e recriando a Nova BRUXARIA ou Neo PAGANISMO , e diversas religiões estão inclusas nesse contexto; A WICCA que apesar de possuir algumas características dos Celtas é bastante eclética e trabalha com as religiosidades dos mais diferentes povos; O Druidismo que é a verdadeira religião que busca reviver os costumes e crenças celtas de forma completa; Asatru, Odinismo e mais diversas outras correntes religiosas que serão passadas e explicadas em outros textos do site.
Posso garantir que a diferença entre um e outro é: o fato dos solitários terem de realizar os sabats e esbats sozinhos, enquanto, um coven comemora com todos seus membros, mas, por outro lado, nada impede o solitário de se reunir com outros bruxos solitários para comemorar os seus festivais, e existe também a diferença de um coven possuir pessoas mais experientes, ou com mais tempo de práticas que podem ajudar uns aos outros, já o solitário precisa fazer uma busca muito mais detalhada, difícil e séria. 

A questão de energia... Está certo que a energia gerada por um coven é muito mais fácil de ser construída, do que por um solitário, afinal, é maior o número de pessoas reunidas e um bruxo solitário é sozinho. Eu, particularmente, prefiro ser solitária. Participar de um coven é uma decisão muito séria, você responderá como co-autor de tudo o que for trabalhado dentro deste círculo. Sem contar que há pessoas que acham que abrir um coven é tão simples como abrir uma barraquinha na feira... Com certeza não o é! Ainda, há pessoas que se colocam no pedestal de sacerdotes e sacerdotisas e deixam-se levar pelo poder... Poder... E corrompe.
Sobre os covens:
Algumas tradições trabalham seu coven com 12 ou 13 membros e há COVENS que trabalham com 50 membros e, também, os que trabalham com apenas 3. Isto se explica pelo fato da liberdade e ausência de dogmas dentro da WICCA , mas, não será difícil encontrar aqueles que afirmem veementemente que o coven deve ser formado por no máximo 13 pessoas. Alguns COVENS adotam uma hierarquização. Eu, particularmente, dispenso a importância dada a esta matéria, pois possuímos canais diretos e abertos com a Deusa Mãe e com o Deus. Sem contar nos perigosos jogos de poder que pode surgir... Mais uma vez... O poder corrompe. E, ainda, no perigo de cairmos na mesmice das outras religiões que possuem seus líderes, etc, etc, etc e que não vem ao caso falar.

Sobre a questão da denominação. Há quem adota a denominação COVEN, outros CÍRCULOS ou ainda, GROVES.
COVENS, CÍRCULO E GROVES...
Texto Traduzido por Helena Catarina, Portugal.
Quando os Pagãos se encontram, alguns o fazem muitas vezes sob a insígnia de pequenos grupos, organizados, com nomes tão conhecidos como Grove da Antiga Floresta, Coven da Lua Crescente, Círculo Mágico, etc., mas, como se distinguem os COVENS dos Círculos, os Círculos internos dos círculos externos, os Groves e os grupos de estudo? - Se decidir organizar um grupo, como lhe deverá chamar? Para começar, nenhum destes termos está registrado legalmente, pode chamar ao seu grupo como bem entender, mas se usar certos termos inadequadamente, pode causar equívocos na comunidade, ser ridicularizado ou até mal interpretado.

Não chame ao seu grupo Coven (a menos que os seus membros sejam Wiccans, Iniciados formalmente). E se usar a palavra "Grove", saiba que podem confundi-los com Druidas já avançados na Hierarquia. Para a maioria dos grupos que não são nem Druidas nem Wiccans, "círculo" é um termo não específico, satisfatório, mas prudente, ainda assim haveria a possibilidade de surgir confusão com um Círculo organizado, tal como o Circle Sanctuary, que possui uma grande rede de subscritores adeptos de Festivais e amigos, ou para complicar ainda mais o assunto, alguns COVENS Wiccans usam a palavra "Círculo" como parte integrante dos seus nomes, e em vez de "coven", como é o caso do Círculo Lunar Lusitanea, - e ainda o termo "Templo" é outro termo que se poderá referir a um Coven ou a "igrejas pagãs", como alguns nos EUA...

Muitas pessoas começam por ter na idéia um grupo de estudo que pode ser constituído por alguns amigos que se encontram semanalmente para falar acerca de religiões da Natureza e talvez até de Magia. Focam o seu interesse na educação, na prática ou na partilha de informação, e o termo “grupo de estudo” é suficientemente inócuo para que os centros comunitários pagãos reconheçam "quem é quem" e talvez surja um, formal, que vos ajude nas vossas reuniões.

A certa altura os membros do grupo de estudo, ou alguns deles, podem sentir a necessidade de se envolverem mais profundamente na prática da religião pagã... Aí poderão considerar a hipótese de organizar um círculo pagão independente, ou, se está envolvido com a “Pagan Federation” ou “Covenant of the Goddess”, etc, poderá ter algum apoio, se e quando aceitos.

Se for este o seu caminho de interesse, talvez prefira criar um coven... Mas a maneira mais prudente de fazê-lo é juntar-se a um Coven já existente e receber um treino sólido e experiência, isto antes de se lançar por aí por sua conta e risco. Ainda assim, existem pessoas que se auto dedicaram e fundaram círculos sem nenhuma experiência a não ser a da leitura de alguns bons livros sobre o assunto - é um caminho difícil, mas se for culto e bom organizador, talvez seja capaz de o fazer... Qual é a diferença entre um Grupo de estudo e um Coven?
Um grupo de estudo existe simplesmente para que os membros possam aprender acerca de um assunto. - Um Coven é uma organização religiosa com Sacerdotisas e Sacerdotes que se dedicam à prática da Antiga Religião (Feitiçaria ou Bruxaria), neste caso a Wicca. - As BRUXAS não se limitam a estudar; elas/eles celebram a mudança das estações, fazem trabalhos mágicos, curam, celebram Ritos de passagem, e procuram o crescimento ESPIRITUAL ao unirem-se com as Deusas e DEUSES da Natureza.

De acordo com a História, os COVENS de BRUXAS eram originalmente muito pequenos, sociedades secretas foram criadas para manter viva a Arte, nas barbas das horríveis perseguições da Inquisição. As BRUXAS da Idade Média encontravam-se para celebrar os Sabats ou Invocar a ajuda da Deusa (Tripla) e dos DEUSES dos locais selvagens. Há quem acredite que estes COVENS sobreviveram até á atualidades e iniciaram pessoas numa Tradição contínua que recua vários séculos atrás. Se os COVENS tiveram origem há mil anos atrás, ou há cinqüenta, é uma questão discutível, mas o certo é que eles são uma parte vital da religião viva da wicca.

A maioria dos COVENS tem uma média de sete membros adultos e poucos têm mais de treze. Neste pequeno ambiente auxiliador, os laços físicos e emocionais são profundos e é realizado um trabalho mágico e ESPIRITUAL intenso.

A palavra "GROVE", que originalmente se referia a um local sagrado nos bosques, tem sido utilizada de pelo menos três maneiras diferentes pelos pagãos: às vezes é simplesmente uma assembléia de pagãos sem nenhuma denominação particular (quando deveria referir-se a uma organização local de Druidas), ocasionalmente pode também se referir a um grupo de pagãos que se encontram para cultuar sob a orientação de um coven de feiticeiras (o que mais inventarão?!) ... Casos deste tipo de terminologia falseada são graves, pois o chamar Grove ou Coven, é sinônimo de "Congregação" ou "Círculo externo” , como distinção do Círculo interno, que é composto por Sacerdotes e Sacerdotisas dessa Tradição.

Na terminologia certa, todas estas organizações são as bases da apresentação do PAGANISMO para se exprimir ao publico, pelo que há que saber nomear corretamente o seu grupo, para se evitarem equívocos ou mesmo logros. Um grande grupo organizado é a Pagan Federation (com sede situada no Reino Unido), ou o Covenant of the Goddess (EUA) e a Pan-Pacific Pagan Aliance (que inclui a Austrália, Nova Zelândia e o Pacifico). Desde grupos locais a redes regionais, o certo é que alguns Pagãos se encontram organizados, e o que antes era uma religião popular de aldeia, tribos ou nações, é agora uma tentativa para a legalidade, muito expandida pelas modernas telecomunicações e pela Internet. O PAGANISMO pode ter raízes num passado distante, mas chegou na Era de um novo Mundo... * Atualmente, alguns destes grupos de estudo intitulam-se "conventículo" ou "conventina".
HIERARQUIA DENTRO DOS COVENS
Assunto polêmico que, hoje em dia, a maior parte das BRUXAS dispensa este tipo de imposição "hierárquica". Mas, como informação, é preciso dizer que algumas Tradições mantêm a prática de proceder a 3 Iniciações diferentes para seus membros. Vamos a eles:

PRIMEIRO GRAU: é a entrada formal para a Religião Wicca, a partir da aceitação em um Coven, você se transforma num Neófito ou Discípulo, ou ainda em um Dedicado, dependendo do tempo que você já entrou e de quanto falta para a sua iniciação.

SEGUNDO GRAU: geralmente acontece depois de algum tempo de estudo religioso e mágico dentro do coven, onde são formados os chamados Sacerdotes e Sacerdotisas.

TERCEIRO GRAU: forma os chamados: "Alta Sacerdotisa" e "Alto Sacerdote". Isso pode ser descrito como o ápice do conhecimento dentro de uma Tradição específica.
A Iniciação no Terceiro Grau acontece, teoricamente, apenas depois que o membro completa um rigoroso programa de estudo que engloba a Magia, a estrutura dos RITUAIS , a dinâmica de um grupo mágico, a Mitologia da WICCA e diversas outras áreas.

O Trabalho mágico de uma BRUXA ou Bruxo exige seriedade e quatro características básicas:
A-) SABER
- Conhecer a si mesmo.
- Conhecer sua arte.
- Saber o que fazer. 
- Saber como fazer. 
- Saber quando fazer.
- Saber quando não fazer.
- Saber o que você quer realizar.
- Especificar bem o que você vai fazer.
- Criar um sigilo com as palavras.
- Saber trabalhar com moderação.
B-) QUERER
- Acreditar em você mesmo.
- Acreditar na divindade.
- Acreditar em suas habilidades.
- Acreditar na abundância do Universo.
- Ter a vontade de praticar de novo e de novo. 
- Habilidades de meditação 
- Praticar visualização. 
- Praticar RELAXAMENTO . 
- Praticar um estado alterado de consciência.
- Praticar para ser capaz de fazer rápido e certo.
- Ter em mente com muita clareza o porque você quer realizar essa operação mágica.
- Observar se sua vontade está corretamente direcionada.
- Observar se não vai influenciar negativamente outra pessoa.
- Observar os aspectos de não prejudicar ninguém. 
- Usar uma ferramenta adivinhatória para checar se seus planos são válidos, se está numa boa hora de pô-los em prática.
C-) OUSAR
- Ter a coragem de mudar as circunstâncias.
- Ter a coragem de controlar seu ambiente.
- Ser responsável por suas ações. 
- Escolher o melhor curso de ação para o trabalho a ser feito.
D-) CALAR
Aprender a manter a boca fechada antes do trabalho.
- Aprender a manter a boca fechada enquanto espera pelos resultados. 
- Aprender a manter a boca fechada depois do trabalho. 
- Proteger sua confiança.
- Proteger sua reputação. 
- Proteger sua energia.





A BRUXARIA orienta que os poderes mágicos são latentes a todas as pessoas, porém devido ao nosso modo de vida estes poderes se atrofiaram. O que BRUXARIA faz é desenvolver e ampliar esta força, assim como ensinar e auxiliar a providenciar uma atmosfera propícia na qual eles possam se manifestar.

Os Wiccanianos são praticantes de uma Religião baseada em uma crença e uma prática tão antiga quanto o próprio mundo, por isso muitas das práticas e ritos têm sido adaptados à realidade atual. Bruxos são pessoas das mais variadas idades, posição social e raça que têm em comum uma Religião voltada ao reencontro de um caminho ESPIRITUAL harmônico com a TERRA e com as manifestações da natureza.

Os Wiccanianos são universalmente caracterizados pelo AMOR incondicional à natureza. Os pagãos acreditam que à volta da ligação com a natureza é o único caminho para uma vida harmônica e equilibrada, por isso todos os Ritos sagrados da BRUXARIA estão centrados nas Estações do Ano e fases lunares.

Os Bruxos provavelmente são os precursores dos movimentos ecológicos e de inúmeros outros movimentos sociais que lutam e reivindicam igualdade entre os homens. A alegria e a satisfação de viver são as bases da Bruxaria, pois ela é uma Religião de AMOR e prazer que permite a manifestação da individualidade como é sentida, mas que também encoraja a responsabilidade social e ambiental.

Os Bruxos não acreditam no dualismo de opostos absolutos do “bem contra o mal”. A BRUXARIA ensina que todas as coisas existentes têm o seu próprio lugar e funções e que devemos nos empenhar em harmonizar todas as coisas. A BRUXARIA tem sua própria filosofia sobre a reencarnação e vida após a morte. Porém cada Bruxo pode ter sua própria filosofa sobre o assunto, pois a WICCA não tem dogmas ou regras específicos as quais todos devem seguir.

Os Bruxos acreditam que todos devem cultuar os DEUSES à sua própria maneira, pois não existem leis que exijam que os Wiccanianos sigam uma maneira prescrita de liturgia. Bruxos nunca comprometem seus filhos com a sua fé particular, pois acreditam que cada um deve seguir o seu próprio caminho. As crianças sempre são ensinadas a honrar sua família, amigos, a ter integridade, honestidade, a tratar a TERRA como sagrada e a amar e respeitar todas as formas de vida.

O fanatismo é repudiado pelos pagãos, assim como o proselitismo é inadmissível. Bruxos nunca divulgaram sua Religião porta a porta. São extremamente discretos, pois acreditam que a aproximação à BRUXARIA deve resultar de uma escolha individual.

O movimento neopagão sempre cresceu e continua a crescer sem que para isso pessoas sejam abordadas ou aliciadas à tornarem-se pagãos.

A BRUXARIA cresce em todo mundo por que seu senso de liberdade, religiosidade e AMOR à natureza fundem-se dando abertura e compreensão ao verdadeiro sentido de ser.
Summerland é um termo geralmente empregado na WICCA como referencia ao outro mundo para o qual as almas dos mortos se encaminham após a vida física.
Pode ser visto como uma espécie de paraíso pagão não muito diferentes dos conhecidos ALEGRES CAMPOS DE CAÇA de algumas tradições dos nativos norte-americanos.

O summerland dos wiccanos existe no plano astral e é experimentado de modos diferentes por cada individuo, de acordo com a vibração ESPIRITUAL que ele leve a esse plano de existência.
O período em que alguém permanece em summerland depende da habilidade do individuo de libertar e retomar o material que a alma carrega vida após vida, o que pode fazer com que essa alma renasça na dimensão física.
A existência em summerland permite a um individuo a oportunidade de estudar e compreender as lições da vida anterior e como estas se relacionam com outras vidas já passadas.
Na teologia wiccana, este é conhecido como um período de descanso e recuperação.
Uma vez encerrado este período de tempo, o plano ELEMENTAL começa a atrair o individuo para o renascimento na dimensão que se harmonize com sua natureza ESPIRITUAL naquele momento.
A alma a reencarnar é então submetida ao plano das forças e pode ser atraída pelo vértice de uma união sexual em curso na dimensão física.
Segundo os ensinamentos misteriosos, um aborto natural ou natimorto indica apenas um problema na geração, um erro genético, um problema devido a uma queda ou a maus cuidados com a gravidez, isso não provoca mazelas na alma que estava se direcionando ou que já estava ali, essa alma na verdade se restabelece e retorna novamente da mesma forma. Tais acontecimentos são conseqüências dos atos dos pais durante a gravidez ou são somente problemas genéticos que não devem sem encarados com terror e sim como algo natural à vida. Isso acontece entre os animais, entre os vegetais, pq não ocorreria entre os homens?
As almas que não desejam retornar ao plano físico mantém seus ciclos de “trabalho”, e passam a viver como mentores daqueles que estão vivos, e alguns ainda vão além retornando por completo ao útero da Deusa, transformando-se e compreendendo toda a sua natureza divida, voltando a energia divina, a esses damos o nome de ancestrais, aqueles que viveram em alguma época em nossa família, ou externamente a nós e hoje já habitam por completo o nosso anterior e nossas lembranças. 
As grandes religiões atuais são baseadas em figuras e princípios masculinos. Deus, sacerdotes, teólogos e a maioria dos santos, profetas e iluminados são homens ou são figurados como homens.

Grandes religiões como a Cristã, Islâmica e Judaica confrontam-nos com uma longa sucessão de figuras paternas e de valores patriarcais. Esta ênfase do masculino estende-se a todos os domínios da sociedade ocidental: a inteligência analítica, o raciocínio linear, a frieza e o controle de sentimentos, a força física, a capacidade de domínio são valores mais considerados do que a intuição, a beleza, a compreensão e a capacidade de exprimir e partilhar sentimentos.

Durante séculos ou mesmo milênios, sobretudo na civilização judaico-cristã, os valores femininos foram relegados para um segundo plano, chegando mesmo a serem identificados com o mal, com o demônio. Esta situação deixou as pessoas, principalmente nos países protestantes, cujas Igrejas não incluem o culto de Maria ou dos santos, sem uma referência feminina, sem algo que defendesse, apoiasse e permitisse a expressão dum conjunto de sentimentos que dificilmente se encaixa numa religião patriarcal.

A sociedade Celta era Matrifocal, isto é, o nome e os bens da família eram passados de mãe para filha. Homens e mulheres tinham os mesmo direitos, sendo a mulher respeitada como Sacerdotisa, mãe, esposa e guerreira, participando das lutas ao lado dos homens.

O culto da Grande Mãe e do Deus Cornífero predominaram nas regiões da Europa dominadas pelos Celtas, até a chegada dos romanos, que praticamente dizimaram as tribos Celtas, que já estavam sofrendo com a influência do patriarcado. Porém, em muitos lugares, a religião da Grande Mãe continuou a ser praticada, pois havia certa tolerância por parte dos romanos, chegando certos ramos da BRUXARIA a incorporar elementos do Panteão Greco-Romano, especialmente na BRUXARIA Italiana.

É importante perceber que não somente entre o povo celta os valores matriarcais eram trabalhados, mas em praticamente todos os povos do passado a mulher era vista como sagrada, a capacidade de gerar filhos, de se purificar todos os meses através da menstruação, sua sensibilidade, sua coragem em proteger seus filhos e maridos... As mulheres tinham um papel de destaque no comando da casa, nas atividades dentro de seus lares os homens agiam de acordo com o que elas estipulavam, o respeito prevalecia, o homem e a mulher do passado viviam em igualdade de valores, cada um tendo suas obrigações e organizando suas famílias e tribos, não havia esse desequilíbrio, ninguém era melhor ou mais sagrado, ambos eram essenciais à vida.

Foi somente na Idade Média que a BRUXARIA foi relegada às sombras com o domínio da Igreja Católica e a criação da Inquisição, cujo objetivo era eliminar de vez as antigas crenças, que eram uma ameaça a um clero muito mais preocupado em acumular bens e riquezas do que a propagar a verdadeira mensagem de Jesus.

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